Diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus Imagem: Reprodução
Durante a pandemia do novo coronavírus, os países devem restringir a venda de bebidas alcoólicas. A orientação é da Organização Mundial da Saúde (OMS), feita em comunicado divulgado nesta quarta-feira (12/04). Segundo a instituição, o consumo excessivo de álcool durante períodos de quarentena, isolamento social e lockdown pode causar sérios danos, além de debilitar ainda mais o organismo de uma pessoa acometida pela Covid-19.
“O uso de álcool pode aumentar durante o autoisolamento. Tanto o isolamento quanto a bebida também podem aumentar o risco de suicídio”, observa a OMS.
“Portanto, reduzir o consumo de álcool é muito importante. Se você tem pensamentos suicidas, deve ligar para as linhas diretas de saúde locais ou nacionais. Além disso, o álcool está intimamente associado a violência, incluindo violência doméstica“, afirma o comunicado.
Outro alerta que a OMS faz é quanto aos mitos em torno do uso de bebidas alcoólicas e o tratamento contra o novo coronavírus.
Riscos para a saúde
Segundo a organização, o consumo de álcool não destruirá o vírus e é provável que seu consumo aumente os riscos para a saúde de uma pessoa infectada pelo vírus.
“O álcool (a uma concentração de pelo menos 70% em volume) funciona como desinfetante na pele, mas não tem esse efeito no sistema quando ingerido”, ressalta a OMS.
“O consumo de álcool não mata o vírus no ar inalado, não desinfeta sua boca e garganta e não oferecerá nenhum tipo de proteção contra a Covid-19. A bebida tem um efeito deletério no sistema imunológico e não estimula a imunidade e resistência a vírus”, finaliza a nota.
(Metrópoles)