Pesquisadores reforçam que não há evidências que as vacinas não protegem contra casos graves. Estudo analisou as vacinas da Pfizer/BioNTech e AstraZeneca.
Pesquisadores da Universidade de Oxford analisaram o impacto da ômicron nas vacinas da Pfizer/BioNTech e AstraZeneca. Em um estudo publicado nesta segunda-feira (13), eles disseram que duas doses dessas vacinas induzem níveis mais baixos de anticorpos neutralizantes contra a variante ômicron. O estudo ainda não foi revisado por outros cientistas.
“É importante ressaltar que essa eficácia foi melhorada com uma terceira dose da vacina”, alerta o comunicado da Universidade de Oxford.
“Esses dados são importantes, mas são apenas uma parte. Eles só examinam os anticorpos neutralizantes após a segunda dose, mas não nos falam sobre a imunidade celular, e isso também será testado”, alerta Matthew Snape, coautor do estudo.
Os resultados indicam que a variante ômicron tem o potencial de levar a uma nova onda de infecções, inclusive entre as pessoas já vacinadas, embora os pesquisadores ressaltem que atualmente não há evidência de aumento do potencial de causar infecções graves doenças, hospitalizações ou mortes em populações vacinadas.
“A vacinação induz muitas partes do nosso sistema imunológico, incluindo anticorpos neutralizantes e células T. Os dados de eficácia do mundo real nos mostraram que as vacinas continuam a proteger contra doenças graves com variantes anteriores. A melhor maneira de nos proteger nesta pandemia é com a vacinação”, completa Teresa Lambe, autora do estudo de Oxford.
Os pesquisadores usaram amostras de sangue coletadas de participantes do estudo Com-COV2 que receberam doses da AstraZeneca ou Pfizer/BioNTech. (g1)