Maria José Rocha Lima*
Deparei hoje com duas postagens extraordinárias da escritora Dad Squarisi, resgatando frases célebres de supremas autoridades em homenagem ao professor. O Imperador Dom Pedro II, no século XIX, e o ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama, no século XXI.
Dom Pedro II revelou o seu desejo recôndito: “Se eu não fosse imperador, desejaria ser professor. Não conheço missão tão nobre que a de dirigir as inteligências juvenis e preparar os homens do futuro”. E Obama asseverou : “Todos os dispositivos sofisticados e wifi do mundo não vão fazer diferença se não tivermos grandes professores em sala de aula”.
Vemos que são belos discursos, quase sem data – no Império ou na República-, de reconhecimento social da importância do professor, “como músculos e ossos do sistema educacional”, mas por triste e perversa tradição, no Brasil, os professores são heróis e mártires, quando deveriam ser apenas profissionais capacitados para o exercício da sua relevante função social, prestigiados e dignificados pelos poderes públicos.
*Maria José Rocha Lima é mestre e doutoranda em educação. Foi deputada de 1991 a 1999. É presidente da Casa da Educação Anísio Teixeira.