Miguel Lucena
Quando Gilberto Gil se apresentava na TV Itapoan, de Salvador, em 1963, ainda no início da carreira, Caetano Veloso nem sonhava em ser amigo dele, mas se encantava com sua voz e os acordes do seu violão.
Lá um dia, dona Canô, a matriarca dos Veloso, gritou da sala para o quarto: “Corre, Caetano, vem ver o preto que você gosta”!
Pouco tempo depois, os dois se tornaram amigos, lideraram a Tropicália, foram presos e exilados juntos e continuam amigos há mais de 50 anos.
Agora, o preto Gilberto Gil se tornou imortal da Academia Brasileira de Letras.