Arnaldo Niskier
Da Academia Brasileira de Letras, Doutor
Honoris Causa da Universidade Santa Úrsula e
Comendador do Superior Tribunal do Trabalho
Temos um novo Papa, que surpreendeu a todos, com a sua escolha. O favorito era o Cardeal Paolin, mas o escolhido foi o Cardeal Robert Prévost, nascido em Chicago, mas criado no Peru. Sempre existe a esperança de que venha um brasileiro, mas ainda estamos distantes dessa possibilidade.
Segundo o novo Pontífice, é preciso evitar radicalizações e a organização coletiva será bem-vinda. Pelas declarações do Papa Leão XIV, temos muita esperança de que as novas tecnologias trarão grandes chances de progresso, com os recursos da inteligência artificial. Muitos empregos estarão ameaçados, com os consequentes efeitos sociais. Eles tendem a radicalização de grandes massas, com ataques às instituições e a democracia.
Os novos desafios são semelhantes aos da Revolução Industrial. Assim, procuramos defender a necessária democracia para que ela prevaleça como é devido. Se grandes massas tendem a se radicalizar devemos agir com todos os cuidados.
Começamos a mostrar que a IA pode ser um negócio altamente lucrativo. Foi o caso do Google, pensando nas suas ações nos Estados Unidos e na China.
Enquanto isso, o Estado de Goiás aprovou a primeira lei de inteligência artificial do Brasil. Prevê o aumento da competitividade no país. Não podemos permanecer como eternos consumidores de quem dominam a tecnologia. A lei da IA tramita no Congresso, mas Goiás pulou na frente. A lei prevê a criação de data centers, a partir de um diferencial competitivo: energia renovável (biometano). Inclui também o ensino de IA nos currículos das escolas e estabelece um inteligente regime de parceria com o sistema prevê a capacitação da indústria, do comércio e de setores profissionais.
Inclui também o setor de saúde. Todas as ações levam em conta o desenvolvimento do setor em Goiás especialmente na sua Universidade e se tornou pioneiro em “open source”. É pioneiro nesses estudos.
Enquanto isso, São Paulo adota IA para corrigir dever de casa, na rede estadual. Trata-se de um plano-piloto para 4 ou 4 milhões de questões dissertativas num mês.