Maria José Rocha Lima[1]
O nascimento do Menino Jesus mudou a história da humanidade, para sempre. Não há como desconhecer que a História da Humanidade se divide a partir do nascimento de Jesus Cristo em Antes de Cristo (a.C) e Depois de Cristo(d. C).
Nenhum ser humano exerceu no planeta gigantesca influência e promoveu impactos tão extraordinários.
O filho de Deus, sem nunca ter frequentado escola, menos ainda a universidade, e sem deixar nada escrito, implantou modificações extremamente profundas e renovadoras na humanidade. Jesus realizou tudo isso pregando verdades evidentes e ensinando por parábolas revolucionárias uma mensagem de amor, fé e liberdade, sempre lembrando que Deus é Pai e misericordioso e que “o reino de Deus está dentro de nós”.
A fé precedeu e continua precedendo o intelecto! Há 2.022 anos, sob o Império Romano, aos 30 anos de idade, um jovem, sem se deslocar mais do que 250 quilômetros da aldeia onde nasceu, passou a anunciar ao mundo sua mensagem transformadora, repleta de compaixão e amor para com o próximo. Sua pregação, fortemente dirigida aos pobres, não durou mais do que dois ou três anos e, mesmo assim, foi perpetuada de geração em geração. Não existe na história maior fenômeno de propagação de ideias, discursos, maior número de livros e presença nas artes.
No Sermão 389, Santo Agostinho destaca: “Quando os gentios souberem que uma virgem concebeu e permaneceu virgem depois do seu parto, eles se converterão à fé, porque o mundo jamais viu um parto assim e jamais contemplou um Deus vivendo no meio da humanidade. Uns secarão de inveja, mas não poderão nos arrebatar Cristo Nosso Senhor. Os incrédulos vão querer destruir nossa fé, mas eles ficarão impotentes. A liberalidade divina resplandecerá em toda sua magnificência.” (Santo Agostinho, in Teodoro, 2021)
E o doutor da igreja pergunta: “Incrédulo, você duvida que uma virgem tenha podido conceber ou dar à luz? Mas, você não vê que, entre as abelhas, todas as mães são virgens? Elas concebem pela boca, no beijo das flores, e elas geram pelo orvalho do céu, como elas mesmas são geradas. Elas saem fêmeas virgens e, no entanto, ao retornarem virgens, elas se percebem virgens, mas mães. Da mesma forma, Maria não conheceu homem e, no entanto, ela deu à luz. Ela não recebeu nenhum marido na terra, mas ela recebeu um filho do céu. Aquele que ela nos deu com seu parto virginal se revela em toda sua onipotência como sendo o Filho de Deus”. (Santo Agostinho in Teodoro, 2021)
“Como descrever um prodígio assim? Os cânticos dos anjos, a admiração dos pastores, as declarações dos magos, o brilho das estrelas, a perseguição de Herodes, o arrebatamento de Simeão, as pregações de João, os céus abertos, a própria voz de Deus, tudo isso manifesta Jesus Cristo e o proclama o Filho único do Pai.” (Santo Agostinho in Teodoro, 2021)
Por tudo isto, não há como deixar de comemorar o nascimento de Jesus Cristo por todo o sempre. Desejo a todos os leitores um Feliz Natal!
[1] Maria José Rocha Lima é mestre em educação doutora em psicanálise. Deputada de 1991 a 1999. Presidente da Casa da Educação Anísio Teixeira. Soroptimista do SI Brasília Sudoeste.
Valdemar Teodoro Editor: Sermão 389- O nascimento de Jesus Cristo VIII. Santo Agostinho Análise O anjo enviado a Maria. A natividade de Jesus Cristo. Niterói – Rio de Janeiro – Brasil. 2021. Consulta realizada em 19/12/2022.