O movimento “O mar não está para plástico” realizou neste sábado, desde as 8h, um mutirão para coleta de lixo na Praia de São Tomé de Paripe, no subúrbio de Salvador. Promovida pelo Instituto Rede Mar Brasil e Associação Classista de Educação e Esporte da Bahia (ACEB), com apoio da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (SEMA), Secretaria Municipal de Sustentabilidade e Resiliência (Secis), Marinha do Brasil e Mahalo, a ação especial de coleta de lixo tem o objetivo de ampliar a conscientização da sociedade a respeito das consequências do descarte de lixo nas praias.
Os guardiões da praia, como são chamados os voluntários cadastrados para a campanha, participaram de uma capacitação no último dia 11. Todos foram orientados a seguir os protocolos de saúde, limpeza, higiene e segurança para prevenção ao novo coronavírus.
Quantas pessoas já pararam para pensar sobre como suas ações cotidianas afetam os oceanos, como a saúde das águas afeta seu dia a dia ou como podem contribuir para mitigar os danos causados pela poluição marítima? Provavelmente poucas possuem essa cultura oceânica, já que muitas ainda insistem em jogar lixo no mar e na areia da praia sem nenhum tipo de constrangimento.
Para Anne Cristina Nogueira, coordenadora de meio ambiente, empreendedorismo e ação social da ACEB, “a educação ambiental é a única capaz de mudar a realidade atual”. Ela ressalta: “É fundamental que as escolas, as famílias, o poder público e a sociedade civil organizada se unam no propósito de conscientizar as futuras gerações, desde a primeira infância, sobre a importância de preservar nossos rios e mares. Crianças e jovens precisam aprender de forma efetiva que ‘o mar não está para plástico’. A atual geração precisa repensar e mudar suas atitudes com urgência. O descarte inadequado de embalagens, garrafas, sacos plásticos, pneus e outros resíduos em pleno século XXI é inconcebível”, declarou.
De acordo com William Freitas, presidente do Rede Mar Brasil, “para que a Década do Oceano (2021-2030) cumpra seus objetivos, é preciso que os frequentadores de praias, em especial, e a sociedade como um todo assumam sua responsabilidade individual e coletiva em relação ao correto descarte do lixo produzido”.