Aedes aegypti é o mosquito transmissor da dengue, febre amarela, chikungunya e zika vírus, em imagem de arquivo — Foto: Pixabay/Divulgação
Aedes aegypti é o mosquito transmissor da dengue, febre amarela, chikungunya e zika vírus, em imagem de arquivo — Foto: Pixabay/Divulgação
O Ministério da Saúde registrou 1.780 casos prováveis de dengue no Distrito Federal entre os dia 29 de dezembro do ano passado e 1º de fevereiro de 2020. O número indica aumento de 294,68% em relação ao mesmo período de 2019, quando houve 451 casos. Ou seja, o total quase triplicou.
O levantamento foi divulgado nesta quarta-feira (19). De acordo com os dados, o número de mortes pela doença também subiu para duas. O último boletim divulgado pela Secretaria de Saúde do DF, relativo a janeiro, apontava apenas uma morte (veja mais abaixo).
Com os números, o DF fica em 7º lugar no ranking nacional e está entre as unidades da federação com maior incidência de dengue no país. Segundo os dados, são 59,03 casos a cada 100 mil habitantes.
A média na capital é superior à do país, que é de 44,8 casos a cada 100 mil habitantes. As situações mais graves foram registradas nos estados de Acre, Mato Grosso do Sul e Paraná, com incidência superior a 200 casos a cada 100 mil habitantes.
Larvas do Aedes aegypti, em imagem de arquivo — Foto: Acácio Pinheiro/Agência Brasília
Secretaria de Saúde
O último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde apontava 1.419 casos prováveis de dengue entre os dias 29 de dezembro a 25 de janeiro no DF. Até então, apenas uma pessoa havia morrido por conta da doença.
Dados da pasta apontam que, em 2019, 62 pessoas morreram no DF por conta da dengue. Esse foi o maior número já registrado em monitoramentos divulgados pela pasta desde 1998 – quando foi confirmado o primeiro caso grave da doença na capital federal.
Tendas montadas no DF para atender pacientes com suspeita de dengue — Foto: Breno Esaki/Saúde-DF
Em janeiro, o governador Ibaneis Rocha (MDB) declarou situação de emergência, por 180 dias, na saúde da capital. De acordo com o decreto, o motivo foi o “risco de epidemia de dengue, potencial epidemia de febre amarela e a possível introdução dos vírus zika e chikungunya”.
Nesta quarta-feira (19), sete hospitais públicos da capital ganharam salas de acolhimento para atender pacientes com suspeita da doença. Segundo o Governo do DF, a previsão é de que as estruturas funcionem por 30 dias, mas o período pode ser prorrogado.
As tendas funcionam de segunda a domingo, das 8h às 17h. De acordo com a Secretaria de Saúde, os pacientes com suspeita de dengue serão atendidos por uma equipe formada por enfermeiro e técnico de enfermagem.
Segundo a pasta, caso seja necessário realizar exames laboratoriais para confirmar a infecção pelo vírus, os pacientes serão encaminhados ao hospital, onde devem receber a hidratação.
As salas de acolhimento estão montadas nos estacionamentos das seguintes unidades de saúde:
- Hospital Regional de Planaltina
- Hospital Regional da Asa Norte
- Hospital Regional do Guará
- Hospital Regional do Gama
- Hospital Regional de Brazlândia
- Hospital Regional de Taguatinga
- Hospital Região Leste (Paranoá)