domingo, 23/02/25
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Novo cartão-creche vai oferecer 10 mil bolsas de R$ 803 mensais no DF, diz governo

Crianças estudam em creche Canela de Ema, Sobradinho II, no Distrito Federal — Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília

 

Para tentar suprir uma demanda reprimida de cerca de 25 mil crianças com entre 0 e 3 anos, o governo do Distrito Federal anunciou a criação de um cartão-creche que será distribuído a 10 mil famílias até o fim do ano.

O auxílio será de R$ 803,57 mensais para matrícula em unidades da rede privada (entenda abaixo). Com isso, a previsão é que o governo invista R$ 72 milhões na primeira etapa, em 2020. O benefício é destinado, exclusivamente, ao pagamento de mensalidade.

Creche conveniada no Distrito Federal — Foto: Mary Leal/SEEDF/Divulgação

Para reforçar a rede pública de creches, cinco novos Centros de Educação de Primeira Infância (CEPIs) serão inaugurados ainda em fevereiro em São Sebastião, Ceilândia, Plano Piloto e Samambaia. Juntos, eles vão ofertar 900 vagas. Outras 8 mil serão abertas com a saída de crianças que completaram 4 anos.

Ao todo, o GDF tem 131 creches conveniadas que atendem cerca de 22 mil crianças. No entanto, o número de crianças na faixa etária dos 0 aos 3 anos e 11 meses “passa de 60 mil no DF”, segundo o assessor de relações institucionais da pasta, Gerson Vicente de Paula Júnior.

20 mil vagas em 2 anos

Com o cartão-creche, o governo espera superar o déficit de atendimento em dois anos. A distribuição do benefício será fracionada em semestres, sendo entregues 5 mil até junho, e mais 5 mil até dezembro de 2020. O mesmo procedimento se repetirá no ano que vem.

“Com o dinheiro, os responsáveis vão pagar a mensalidade em uma creche privada escolhida por eles”, explicou o assessor da Educação. Segundo Gerson, os R$ 803,57 foram definidos com base no valor pago pelo GDF para cada aluno matriculado em creches conveniadas.

“Respeitando as regras, a família terá mais protagonismo na escolha.”

Mas, afinal, como vai funcionar?

Creche Jequitibá, conveniada à rede pública de ensino do Distrito Federal — Foto: Vladimir Luz/SEEDF/Divulgação

 

Os responsáveis serão escolhidos entre aqueles que já estão na fila de espera, organizada por pontuação com base em critérios definidos pelo Cadastro Único.

Já as creches serão selecionadas por meio de chamamento público – somente as credenciadas pelo GDF poderão se inscrever. “Não podemos permitir que qualquer instituição participe, porque há regras e protocolos a seguir”, explicou o subsecretário de Planejamento, Acompanhamento e Avaliação, Cláudio Amorim.

Segundo ele, até o fim de janeiro, havia entre 400 e 500 instituições regulares no DF, com mensalidades variadas. “Enquanto na Asa Sul ou na Asa Norte pode chegar a R$ 2 mil, em Ceilândia e no Paranoá, por exemplo, cobra-se de R$ 600 a R$ 800.”

Cláudio afirma que os pais ou responsáveis podem complementar o valor da mensalidade, se quiserem ou puderem. Ele destaca, porém, que a maioria das creches fora das regiões mais nobres da capital têm preços acessíveis e próximos do que será ofertado pelo GDF.

“Nas regiões administrativas mais afastados do centro, o valor é muito aquém do que cobram no Plano Piloto. Mesmo assim, muitas dessas mais caras tem vagas ociosas, então preferem garantir mesmo que por um valor mais baixo.”

Crianças almoçam em creche João de Barro, em Sobradinho I, no Distrito Federal — Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília

A Secretaria de Desenvolvimento Social ficará responsável por abrir o chamamento público para as instituições privadas. Pelas regras, cada creche poderá disponibilizar até 40% do total de vagas para beneficiários do programa.

Como se inscrever?

A inscrição para tentar uma vaga em creches da rede pública do DF pode ser feita a qualquer momento. Segundo a Secretaria de Educação, o primeiro passo é ligar para a Central de Atendimento (156), opção 2. O atendimento é feito de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h, e aos sábados, domingos e feriados, das 8h às 18h.

Uma vez validada na Coordenação Regional de Ensino da região indicada pelo responsável, a inscrição receberá uma pontuação com base no local onde a mãe ou o pai da criança trabalham, a renda familiar, se há ou não medida protetiva decretada, risco nutricional, se mãe é adolescente, além do tempo de espera na fila.

Fonte: G1
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