Durante a cúpula, os líderes discutirão temas como a guerra na Ucrânia, a dinâmica inflacionária nas principais economias do mundo, maneiras de enfrentar as vulnerabilidades dos países de baixa e média renda
(Foto crédito: Ricardo Stuckert/PR)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desembarcou na quinta-feira (18/5) em Hiroshima, no Japão, para participar da cúpula estendida do G7, grupo que reúne sete das dez principais economias do mundo. O petista foi convidado pelo primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, e terá pelo menos sete encontros bilaterais.
Já na tarde desta sexta-feira (19/5), às 17h (5h no fuso de Brasília), Lula terá uma reunião com o primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese. Na manhã de sábado, o presidente irá se encontrar com o primeiro-ministro do Japão e em seguida tem encontro marcado com o presidente da Indonésia, Joko Widodo. Os encontros devem abordar os diferentes temas da agenda internacional sob a ótica dos países em desenvolvimento.
Durante a cúpula, os líderes discutirão temas como a guerra na Ucrânia, a dinâmica inflacionária nas principais economias do mundo, maneiras de enfrentar as vulnerabilidades dos países de baixa e média renda por conta da crise da dívida e formas de acelerar ações voltadas à mudança do clima e à transição energética.
O presidente ainda tem encontros bilaterais com o presidente da França, Emmanuel Macron; o primeiro-ministro da Alemanha, Olaf Scholz; e António Guterres, secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU).
Lula deve participar de três sessões de debate — duas serão realizadas no período da tarde no sábado e uma na manhã de domingo. Ainda no domingo, o presidente visitará o Parque Memorial da Paz de Hiroshima para prestar homenagem às vítimas do ataque nuclear à cidade durante a 2ª Guerra Mundial.
O G7 termina com a publicação de dois comunicados conjuntos. Um deles assinado apenas pelos países-membros do bloco. O outro, também com os países convidados. Para além do Brasil, participam do G7 deste ano, como convidados, Austrália, Índia, Indonésia, Coreia do Sul, Vietnã, Comores e Ilhas Cook.
Um chefe de Estado brasileiro não era convidado para o encontro desde 2009, quando o próprio Lula era presidente. No início deste mês, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, esteve na reunião de ministros de finanças e presidentes de bancos centrais do G7, preparando terreno para a participação de Lula. Na ocasião, o ministro pediu ao Tesouro norte-americano que os Estados Unidos atuem no socorro à crise da Argentina.
O Brasil também busca um papel mediador no conflito entre Rússia e Ucrânia. O G7 tem dado à Ucrânia ajuda financeira e militar desde que a Rússia invadiu o país e, com o histórico pacifista da política externa, o país busca interceder por um acordo de paz. (CB)