Foto: Arquivo pessoal
Miguel Lucena
Nasci a fórceps, no dia 5 de março de 1966, na cama patente dos meus pais. Era uma cama de ferro, o mesmo ferro que me puxou pela cabeça porque eu insistia em ficar para sempre na quenturinha do ventre da minha mãe. Saí a contragosto, mas não me arrependi, porque encontrei o colo de Dona Emília, repleto de amor, e um pai guerreiro, o velho Miguel Lucena, que me deu régua e compasso.
Do ferro que me puxou e do ferro em que repousei foi forjado um temperamento de aço, mesmo temperado com poesia, que verga mas não quebra.
Nos momentos difíceis, vejo-me nos braços da minha mãe, contemplo os seios que me amamentaram por quatro anos e me sinto impelido a irradiar a minha alegria de menino amado a todas as crianças que precisam de aconchego.
Por isso me dedico à luta em defesa das crianças, enfrentando conveniências, interesses pessoais, políticos, ideológicos ou de grupos.
Quero dedicar este dia a todas as crianças que nos alegram com seu sorriso e desejar que elas recebam em dobro a alegria que nos proporcionam.
Muito obrigado!