Alta é de 7,04% nas refinarias; diesel subiu 9,15%. Reajuste começou a valer nesta terça-feira (26).
Com novo reajuste no valor dos combustíveis, o preço do litro da gasolina em postos no Distrito Federal passa de R$ 7. Devido ao aumento, motoristas fizeram fila, na manhã desta terça-feira (26), em busca dos menores preços (veja vídeo acima).
A Petrobras anunciou reajuste de 7,04% no preço da gasolina nas refinarias, que começou a valer nesta terça-feira. Em relação ao diesel, o aumento foi de 9,15%.
Na Asa Sul, no entanto, um estabelecimento ainda comercializava a gasolina a R$ 6,15 e, por isso, houve alta procura de motoristas que queriam abastecer com preços mais em conta. Às 7h30, dezenas de veículos enfrentavam a fila no Eixinho Sul.
Já um posto do Setor de Indústria e Abastecimento (SIA) cobrava R$ 7,19 no litro da gasolina. Em outro estabelecimento, no Sudoeste, o combustível era vendido a R$ 7,16.
Nesta segunda-feira (25), não foi diferente. Após anúncio do novo reajuste, à tarde, motoristas fizeram filas para tentar abastecer, antes que novo preço chegasse às bombas.
No fim do ano passado, por exemplo, a gasolina custava, em média, R$ 4,67 o litro. Na época, um carro de 50 litros enchia o tanque com R$ 233,45. Hoje, para custear o mesmo serviço, é preciso desembolsar aproximadamente R$ 357. Ou seja, houve aumento de 52,9%.
Preços podem subir mais
De acordo com o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e de Lubrificantes do DF (Sindicombustíveis-DF), Paulo Tavares, apenas este ano, o aumento nas refinarias soma 67%.
“Podemos ter mais aumentos no futuro, apesar do preço estar muito alto. Isso vai impactar na vida do consumidor”, afirmou.
Segundo Tavares, há defasagem de preços da Petrobras, já que está “muito caro” importar combustíveis. “A Petrobras tem autossuficiência em petróleo, mas não consegue refinar o suficiente para o consumo interno do país”, comentou.
Para o economista William Baghdassarian, é necessário que exista competição na produção de combustíveis, para que ocorra baixa no preço repassado aos consumidores. “Outra questão é a margem de de preço nos postos. Se aumentar a multa e a fiscalização para evitar cartéis, talvez tenha impacto e maior competição nos valores”, explicou. (g1 DF)