O jornalista, que atuou mais de 10 anos no Correio, estava desde 2007 em estado vegetativo por conta de erro médico
Alexandre José Guerra – (crédito: Imagem cedida ao Correio)
O jornalista Alexandre José Guerra Torres morreu, neste domingo (29/10), aos 70 anos. O jornalista paraibano estava internado no Hospital Alvorada em Brasília e se encontrava, desde dezembro de 2007, vivendo de forma vegetativa após sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Alexandre deixa a esposa, Ana Maria Torres, seis filhos e nove netos.
“Por conta de um erro médico estava em estado vegetativo desde então, e após uma longa passagem pela UTI faleceu por conta de uma infecção”, explicou a filha Isabela Torres.
Às véspera do Natal de 2007, Alexandre sofreu um AVC, foi atendido em um hospital e submetido à cirurgia em caráter de urgência com o objetivo de drenar o sangue para diminuir a pressão intracraniana. Na época, a cirurgia foi bem-sucedida, mas por falta de atenção médica, segundo a família, o paciente se extubou (retirou o tubo responsável pela oxigenação), o que ocasionou a falta de oxigenação no cérebro, tempo suficiente para deixá-lo com sequelas irreversíveis.
Em 2009, a juíza da 9ª Vara Cível de Brasília condenou a Unimed do Brasil e a Medial Saúde S/A a indenizarem o jornalista. As empresas foram condenada a pagar cerca de R$ 400 mil para a família.
Trajetória profissional
Alexandre veio para Brasília em 1982 para trabalhar no Correio Braziliense, onde passou mais de 10 anos e chegou a ser chefe de Redação, saindo do jornal em 1994.
Natural de João Pessoa, chegou a trabalhar nos jornais O Norte, Correio da Paraíba e A União, passando também pela Secretaria de Comunicação do Governo do estado e Rádio Tabajara. Em Brasília atuou no Correio Braziliense, no Escritório de Representação do Governo da Paraíba e se tornou um dos assessores do então presidente nacional do PFL, Marco Maciel, atuando na campanha que ele foi eleito vice-presidente de Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
O velório está marcado para esta segunda-feira (30/10) a partir das 8h30, no Templo Ecumênico do Cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul, e o sepultamento será às 11h no mesmo local.
Com informações do Correio Braziliense