Falecimento foi nesta terça-feira (9); velório está marcado para quinta (11), na Casa do Ceará, para lembrar estado onde ele nasceu em 1943. Ibiapina foi o primeiro repórter da Globo Brasília e cobriu fatos históricos como o enterro do ex-presidente Juscelino Kubitschek.
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Faleceu nesta terça-feira (9), em Brasília, aos 80 anos, o jornalista Wilson Ibiapina. Ele nasceu no Ceará, em 1943, e foi o primeiro repórter da TV GloboBrasília, nos anos 1970.
Ibiapina estava internado há cerca de 20 dias no Hospital Santa Lúcia e, conforme a família, ele morreu após “falência múltipla de órgãos”. O velório está marcado para quinta-feira (11), das 9h às 13h, na Casa do Ceará, na 910 Norte. O sepultamento será durante a tarde.
Entre as coberturas históricas, Ibiapina acompanhou o sepultamento do ex-presidente Juscelino Kubitschek, em 1976. “Aquela era a primeira vez que o povo ia às ruas em Brasília durante a ditadura e flashes do velório foram transmitidos ao longo de toda a programação”, lembrou o jornalista em um programa para o Memória Globo.
‘Tempos de censura’
A década de 1970 foi marcada pelo avanço da censura sobre jornais e emissoras de rádio e TV durante a ditadura militar no Brasil. O repórter Wilson Ibiapina testemunhou a presença de censores atuando dentro da redação da Globo na capital federal.
O jornalista foi editor do Jornal da Globo e do Bom dia Brasil. Cobriu as primeiras eleições diretas para governador depois do Golpe Militar, seguida da morte de Tancredo Neves, em 1985. Ele também foi responsável pela implantação da TV Verdes Mares, afiliada da Globo no Ceará.
Bem antes disso, ainda no final da década de 1960, foi repórter dos Diários Associados e também trabalhou no jornal Correio da Manhã e na Rádio Tupi, no Rio de Janeiro.
Com g1*