Presidente do TSE se reuniu nesta terça (20) em Brasília com representantes do Conselho Nacional de Chefes da Polícia Civil. Tribunal proibiu porte de armas nas seções eleitorais.
Por Camila Bomfim, GloboNews — Brasília
O ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), participou nesta terça-feira (20) de uma reunião com o Conselho Nacional de Chefes da Polícia Civil e discutiu como fiscalizar armas no período eleitoral, incluindo as dos chamados CACs (caçadores, atiradores e colecionadores).
Dados dos institutos Igarapé e Sou da Paz, obtidos com o Exército por meio da Lei de Acesso à Informação e divulgados com exclusividade pelo g1, mostram que o número de armas registradas por CACs triplicou nos últimos três anos, chegando a 1 milhão.
Em 2018, circularam nas redes sociais diversos vídeos de eleitores que compareceram às urnas portando armas. Para as eleições deste ano, o TSE decidiu proibir o porte de armas nas seções eleitorais
Conforme Alexandre de Moraes, portar arma no local de votação vai ser enquadrado como crime eleitoral e porte ilegal de arma.
A violência nas eleições tem gerado preocupação no TSE nas eleições deste ano. O tribunal tem feito diversas reuniões para discutir como garantir a segurança no período.
Em julho, um apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL) assassinou a tirosum apoiador do ex-presidente Lula (PT) em Foz do Iguaçu (PR). Além disso, em setembro, um outro apoiador de Bolsonaro matou com facadas um apoiador de Lula em Confresa (MT).
A reunião em Brasília
No encontro desta terça-feira, ficou “claro” para os participantes que é preciso ter um canal de troca de informações “rápido” entre as polícias e a Justiça Eleitoral.
A ideia é que haja a indicação, por parte do Conselho Nacional de Chefes de Polícia Civil, de cinco membros (um por região do país) para o Núcleo de Inteligência.
O TSE e as polícias civis estão elaborando planos e estratégias para a fiscalização do porte de armas e de celulares, proibidos no dia da eleição, e há preocupação com a segurança de eleitores, dos candidatos, dos juízes e promotores eleitorais e mesários.
Moraes tem focado esforços no combate às fake news e à violência contra eleitores e candidatos. Na semana passada, autorizou o envio da Força Federal para reforçar a segurança durante o primeiro turno em 561 localidades de 11 estados.