No último episódio da série “Vozes da Guerra”, os repórteres Álvaro Pereira Junior e Welington Almeida conheceram centros de refugiados do país.
A guerra da Ucrânia, além de um conflito militar, é um desastre humanitário e, no último episódio da série “Vozes da Guerra”, os repórteres Álvaro Pereira Junior e Welington Almeida conheceram centros de refugiados em um país vizinho, a Moldávia.
Em um deles, comandado por um pastor, acompanhamos uma equipe do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, onde a paulista Janaína trabalha para reunir as famílias que a guerra separou. Entre os refugiados, encontramos três irmãos pequenos que cruzaram a fronteira em busca de segurança, mas agora estão longe dos pais e do resto da família.
“Essa é a nossa segunda semana aqui. Viemos por causa da guerra, e a gente já tinha parentes nesse alojamento. Nossos pais ficaram na nossa cidade, perto de Odessa, porque meu pai é pastor e não pode largar a igreja. E a minha mãe ficou com nossos irmãos maiores: dois meninos e uma menina. A nossa irmã e a nossa mãe trouxeram a gente de carro, para a gente ficar em segurança”, contaram as crianças.
O Centro de Exposições da capital do país, Chisinau, também está servindo como abrigo para os refugiados ucranianos. No local, encontramos uma história triste: a do menino Mersair, de 9 anos. Portador de uma doença muito grave no coração, ele precisa de um transplante e está com a saúde comprometida.
“Somos de Kharkiv. Quando os bombardeios começaram, passamos dez dias escondidos em um porão. A ferida no nosso filho começou a infeccionar, então decidimos vir para cá. Ele foi operado oito vezes lá. Nós estávamos na fila para transplante; ele precisa de um doador. Mas a guerra estragou tudo, a guerra estraga tudo”, lamenta o pai do menino.