Meta para público-alvo inicial da campanha está em pouco mais de 40%, índice abaixo esperado. Especialista reforça importância da imunização, já que sintomas pode atrapalhar diagnóstico de Covid-19.
O Ministério da Saúde orientou neste sábado (3) que os municípios passem a vacinar contra a gripe toda a população a partir dos seis meses de idade. A pasta informou que já comunicou os estados e municípios. Vai ficar a cargo de cada secretaria de saúde decidir a melhor maneira de ampliar a imunização.
A campanha contra a gripe tem mais de 80 milhões de doses de vacinas Influenza produzidas pelo Instituto Butantan, segundo o Ministério da Saúde. Até agora, 34,2 milhões de pessoas estão imunizadas, o que representa cerca de 42% dos grupos prioritários, índice considerado baixo.
No caso de crianças e gestantes, a meta não foi atingida em nenhum dos estados brasileiros e, como existem doses em estoque em todos os municípios, o ministério recomendou que seja ampliada a vacinação a partir dos seis meses de idade e que a campanha seja prorrogada enquanto houver doses.
Para quem faz parte do público-alvo, como as pessoas de mais de 60 anos e puérperas, e ainda não foi se vacinar, o Ministério da Saúde reforça a importância de se proteger contra a gripe. A orientação, porém, é procurar primeiro a vacina contra a Covid-19 e esperar 14 dias para agendar a imunização contra a gripe.
Com alguns sintomas parecidos, os médicos lembram que a gripe pode dificultar o diagnóstico da Covid-19 e pressionar ainda mais o sistema de saúde se a maior parte da população não se imunizar.
“Nós vamos precisar internar esses pacientes, quer numa enfermaria, quer numa Unidade de Terapia Intensiva, e nós já vamos encontrar o sistema de saúde lotado de pacientes com Covid”, explica a infectologista Christiane Kobal, diretora da Sociedade Brasileira de Infectologia, em entrevista ao Jornal Nacional. (G1)