Milhares de pessoas marchavam, neste domingo, 18, na Place de la Republique de Paris, em memória de Samuel Paty, o professor de história decapitado na região parisiense na sexta-feira (16/10).
Levando cartazes com frases como “Não ao totalitarismo do pensamento” e “Je suis prof” (“Eu sou professor”), a multidão homenageia esse professor assassinado, após mostrar charges do profeta Maomé em sala de aula. “Sou Samuel!”, “Liberdade de expressão, liberdade de ensino!”, gritavam os presentes, em meio a longos aplausos.
Também compareceram ao ato o primeiro-ministro Jean Castex, a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, a presidente da região de Paris, Valérie Pécresse, e o chefe do partido Insubmissos, Jean-Luc Mélenchon.
Ao redor da estátua da Place de la Republique, que continuava a encher de gente, alguns agitavam bandeiras francesas, e outros, cartazes que diziam “Está escuro no país das Luzes”.
Samuel Paty, um professor de história e geografia de 47 anos, foi decapitado no meio da rua, durante a tarde, próximo à escola onde trabalhava, em Conflans-Sainte-Honorine, uma pequena cidade de 35 mil habitantes localizada a 50 quilômetros de Paris. Ele foi assassinado por um jovem de 18 anos, de origem chechena. Onze pessoas foram detidas na França depois do ataque.
Parte das autoridades classificou o ato como um “ataque islâmico”. Desde 2015, o país sofre uma série de ataques extremistas que deixaram mais de 250 mortos.