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Miguezim de Princesa pode ser considerado um discípulo de Zé Limeira, o poeta do absurdo. Ambos compartilham a tradição do cordel com um estilo único e marcante, mas com características que os aproximam no uso do surrealismo, do humor e da subversão das convenções poéticas.
Zé Limeira, conhecido como o “poeta do absurdo”, foi pioneiro em usar a desconstrução lógica, misturando fatos históricos, ficção e humor ácido, rompendo com os padrões tradicionais da poesia nordestina. Seu estilo peculiar influenciou gerações de cordelistas e poetas populares.
Miguezim de Princesa, embora com uma voz própria, adota essa mesma irreverência e imaginação criativa, explorando o humor nonsense e a crítica social. Ele homenageia Limeira não apenas na forma, mas também no espírito, dando continuidade à linhagem do surrealismo poético nordestino.
Por isso, Miguezim é frequentemente associado a Limeira como um herdeiro ou discípulo, preservando e reinventando o legado do poeta do absurdo no contexto contemporâneo.