Megaevento marcou a história do DF com show do The Killers, e abertura de Jovem Dionísio, Raimundos e Capital Inicial
Andressa Anholete/Metrópoles
Produzido pelo Metrópoles Music, o megashow do The Killers em Brasília chegou ao fim no começo da madrugada desta terça-feira (15/11), na Arena BRB/Mané Garrincha lotada de fãs – tanto do grupo norte-americano quanto das bandas Jovem Dionísio, Raimundos e Capital Inicial, que abriram o grande evento responsável por marcar o retorno das apresentações internacionais no DF após quase quatro anos de hiato. A retomada não poderia ser em melhor estilo, com um encontro de gerações da música, em mais de sete horas de festa.
The Killers incendeia Brasília
Após muita ansiedade, o grupo norte-americano The Killers enfim subiu ao palco de Brasília. Eles brindaram os fãs, que lotaram o local, com uma megaperformance histórica no Metrópoles Music. Como um verdadeiro showman, Brandon Flowers e companhia tomaram conta da apresentação e, com direito a uma versão de Sozinho – composição de Peninha, conhecida na voz de Caetano Veloso –, levaram a plateia à loucura.
Segundos antes de o show começar, as luzes foram apagadas e um símbolo do infinito deu cores ao palco – o que foi suficiente para que os fãs já começassem a vibrar pela banda. No momento em que os músicos chegaram à plataforma, o público os recebeu com muita animação.
O barulho do fãs da banda veio quando Brandon Flowers falou em português e chamou a plateia para participar. “Brasília, Finalmente! Podemos mostrar como se faz em Las Vegas? Bora! Come on!”, gritou o vocalista. E ele ainda agradeceu o apoio: “Obrigado”.
Cada canção evidenciava, ainda mais, quão emocionado Brandon Flowers ficou diante de um público brasiliense que vibrava com os hinos do rock indie. Durante a música Human, e em referência a essa composição, o The Killers projetou no telão o questionamento: “Somos humanos?”.
O grande momento do show, porém, ainda estava por vir: o The Killers surpreendeu o público ao entoar Sozinho, conhecida na interpretação de Caetano Veloso. “Eu sei o que significa, é uma linda canção”, comentou.
Sucesso do Jovem Dionísio
O evento começou com um show animado da banda Jovem Dionísio, conhecida pelos sucessos Acorda, Pedrinho; Pontos de Exclamação; Não Foi Por Mal; e outros. Os fãs do grupo não se acanharam – todos pularam, cantaram e ovacionaram Bernardo Pasquali (voz), Bernardo Hey (teclados), Gabriel Mendes (bateria), Gustavo Karam (baixo) e Rafael Dunajski (guitarra).
A apresentação do Jovem Dionísio começou com um vídeo bem-humorado que mostrava os músicos da banda. Enquanto um integrante reclamava que gostaria de ir ao banheiro, outro apertou um botão para iniciar o show.
A partir desse momento, um a um, eles deixavam o vídeo e se apresentavam para a plateia. Até que o último, o vocalista Bernardo Pasquali, “deixou” o telão e entrou cantando no palco.
O Jovem Dionísio também contou com um momento emocionante nos bastidores do show: o cantor Dinho Ouro Preto, vocalista do Capital Inicial, conversou com os integrantes da banda, e comentou o fato de o vocalista também ser originário de Curitiba, assim como o líder da banda formada em Brasília nos anos 1980. O veterano desejou sorte aos novatos, que iniciaram a carreira com a música Acorda, Pedrinho.
Raimundos leva o público ao delírio
Segunda a subir ao palco, a banda Raimundos agitou a Arena BRB/Mané Garrincha com grandes sucessos. Para abrir o show, o grupo liderado por Digão cantou Mulher de Fases, que conquista pessoas de diferentes idades há mais de 20 anos. A letra levou os roqueiros que aguardavam Brandon Flowers ao delírio e foi seguida por hits, como Me Lambe e Selim.
Outra canção que marcou presença no show e emocionou quem também é fã de Charlie Brown Jr. foi Um Lugar ao Sol. “Essa é de uma banda que sempre esteve com a gente. Nós sempre unimos forças para colocar o rock para cima. Hoje, temos dois deles olhando para a gente do céu neste momento: Chorão e Champignon. Obrigada pela irmandade e parceria de sempre. Essa música vocês deram para a gente, e nós tocamos para vocês agora”, anunciou Digão antes de tocar os primeiros acordes.
Acompanhado de Marquinho (guitarra), Canisso (baixo) e Caio Cunha (bateria), Digão encerrou o show com uma participação megaespecial. O artista chamou ao palco a esposa, Vivi Mascarenhas, para cantar A Mais Pedida.
Capital Inicial emociona público do Arena BRB/Mané Garrincha
O grupo Capital Inicial, por sua vez, foi o terceiro a se apresentar antes de o The Killers tomar conta da megaestrutura preparada pelo Metrópoles Music. Em um show superemocionante, a banda brasiliense trouxe canções clássicas de seu repertório, formado nos 40 anos de carreira, como Primeiros Erros, Natasha, Veraneio e outras.
Logo após a banda de rock Raimundos, o grupo brasiliense iniciou o show com o hit O Passageiro. O público gritou e exaltou a chegada dos veteranos no palco do Arena BRB/Mané Garrincha, entoando a música junto com Dinho Ouro Preto.
“Brasília, eu tenho dificuldade de botar em palavras a emoção que é estar aqui em cima cantando para vocês. Surreal, tenho que me controlar para não pagar um mico aqui. É surreal isso estar acontecendo aqui em casa, em Brasília. Emocionante, comovente, vou tentar manter a compostura aqui”, disse Dinho, com lágrimas nos olhos, antes de iniciar a música Tudo Que Vai.
Durante a apresentação na Arena BRB/Mané Garrincha, o grupo homenageou a banda brasiliense Legião Urbana com a música Tempo Perdido.
“Vou cantar uma música da maior banda da história do rock brasileiro – que, por acaso, é daqui de Brasília”, disse o vocalista, antes de iniciar o hit icônico, cuja composição e interpretação original é de Renato Russo.
O público gritou e comemorou a homenagem a um dos maiores grupos de rock de Brasília. Dinho não cantou sozinho: teve um coro da plateia, que mostrou conhecer o repertório do Legião Urbana. Em meio a muitos gritos e comemorações, Dinho exaltou: “Viva a Legião Urbana!”.
Grande queima de fogos
O Metrópoles Music chegou ao fim com um espetáculo nos céus sobre a Arena BRB/Mané Garrincha. Após o fim do show comandado por Brandon Flowers, o público assistiu a uma queima de fogos apoteótica.
Os fogos disparados de 16 pontos diferentes do estádio iluminaram a noite de vermelho por cerca de 60 segundos.
Comandada pela Magic Effects Brasil, empresa especializada em efeitos pirotécnicos, a queima usou a tecnologia de acionamento Fire One, o mais moderno e avançado do mundo. “Esse é o mesmo usado na Disney, nos Réveillons de Londres, de Dubai e de Copacabana, além do Rock in Rio”, explica o representante da companhia, Mateus Adonai.
Metrópoles Music
Com a entrada no ramo do entretenimento, o Metrópoles Music traz para a capital federal grandes espetáculos nacionais e internacionais do mundo da música. O objetivo é fomentar o entretenimento e, assim, proporcionar alegria e momentos de diversão para a população.
O Metrópoles Music tem como banco oficial o BRB, BRB Card e Visa; patrocínio de Age Telecom, English Wave by Casa Thomas Jefferson e Giraffas; as bebidas oficiais são Budweiser, Pepsi, Extra Power e Johnnie Walker. A produção é da 30e.
Fonte: Metrópoles