sábado, 26/04/25
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Metrô de São Paulo: Estações seguem fechadas após anúncio de liberação das catracas

Sindicato afirma que trabalhadores já estão a postos, mas que reabertura ainda não foi autorizada pelo governador. Paralisação atinge linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata. Metrô anunciou mais cedo que liberaria as catracas caso a greve fosse encerrada.

Movimento intenso de passageiros na plataforma da estação Luz, na zona central de São Paulo, na manhã desta quinta-feira, 23 de março de 2023. Em razão da greve dos metroviários, que começou à 0h desta quinta-feira, 23, quatro linhas da Companhia do Metropolitano do Estado de São Paulo (Metrô) amanheceram sem funcionamento. Estações que costumam iniciar a operação às 4h40 da manhã permanecem fechadas e sem previsão de abertura. Com as alterações, os ônibus circulam com a frota completa e o rodízio fica suspenso nesta quinta-feira. — Foto: ROBERTO COSTA/CÓDIGO19/ESTADÃO CONTEÚDO
Movimento intenso de passageiros na plataforma da estação Luz, na zona central de São Paulo, na manhã desta quinta-feira, 23 de março de 2023. Em razão da greve dos metroviários, que começou à 0h desta quinta-feira, 23, quatro linhas da Companhia do Metropolitano do Estado de São Paulo (Metrô) amanheceram sem funcionamento. Estações que costumam iniciar a operação às 4h40 da manhã permanecem fechadas e sem previsão de abertura. Com as alterações, os ônibus circulam com a frota completa e o rodízio fica suspenso nesta quinta-feira. — Foto: ROBERTO COSTA/CÓDIGO19/ESTADÃO CONTEÚDO

O Metrô de São Paulo aceitou a proposta dos trabalhadores de liberar as catracas para encerrar a greve. Apesar disso, ainda não há previsão de quando as estações serão reabertas. 

Às 11h52, elas ainda permaneciam fechadas. Passageiros aguardavam na porta das estações na expectativa da liberação. 

Segundo o Metrô, a medida seria colocada em prática condicionada ao retorno imediato de 100% dos funcionários da operação e manutenção, para garantir a segurança dos passageiros. 

Os trabalhadores afirmam que estão a postos desde 11h, mas que o governador ainda não autorizou a abertura. 

O governador se reúne com dirigentes do Metrô no Palácio dos Bandeirantes. 

Resumo: 

  • Linhas paradas: 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata
  • Linhas operando: 4-Amarela e 5-Lilás
  • CPTM e EMTU operam normalmente 
  • Rodízio de veículos suspenso 

Antes da paralisação, o Sindicato dos Metroviários já tinha proposto a liberação das catracas como alternativa, afim de evitar que a população fosse prejudicada durante as negociações. Os trabalhadores cobram o pagamento de abono salarial. 

A medida, entretanto, só foi aceita pelo governo após o caos enfrentado pelos usuários do transporte nas primeiras horas da manhã.

Segundo o sindicato, os trabalhadores já estão sendo orientados a retornar para que as estações sejam abertas. A previsão é a de que a operação seja retomada por volta das 11h. 

Em nota, o governo afirmou que a liberação deve gerar prejuízo dificultando ainda a saúde financeira da empresa. 

A Companhia ainda afirma que tentou todas as formas de negociação, “inclusive com a concessão de benefícios como o pagamento de progressões salariais. A empresa também cumpre integralmente com o acordo coletivo de trabalho e as leis trabalhistas.” 

A greve 

A paralisação começou na madrugada desta quinta, incialmente por tempo indeterminado, nas linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata. 

As linhas 4-Amarela e 5-Lilás do Metrô funcionam normalmente. 

As três linhas afetadas pela greve respondem por 90% dos 2,8 milhões de passageiros transportados por dia por todo o Metrô de São Paulo. 

Caos

Usuários relatam que foram pegos de surpresa e se aglomeravam em frente as estações. Por conta da paralisação, a CPTM, que opera normalmente, registra lotação e longas filas para acessar as catracas. 

A dificuldade também era para embarcar nos ônibus alternativos e ou conseguir solicitar um veículo por aplicativo. Os preços das viagens dobraram. 

Os trens da CPTM também estão circulando, segundo a Companhia, mas as transferências para as linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha do Metrô permanecerão fechada. 

Já as transferências com as linhas 4-Amarela e 8-Diamante funcionavam normalmente nas estações Luz e Barra Funda. 

A EMTU informou que as linhas operam normalmente e que vai reforçar principalmente as integradas ao Metrô e à CPTM.  

rodízio municipal de veículos foi suspenso

Greve do Metrô em SP — Foto: Reprodução/TV Globo
Greve do Metrô em SP — Foto: Reprodução/TV Globo 

A Zona Azul e a proibição de circulação de carros nos corredores de ônibus continuam valendo, assim como a Zona de Máxima Restrição à Circulação de Caminhões (ZMRC) e a Zona de Máxima Restrição ao Fretamento (ZMRF).

Mudanças em linhas de ônibus

A SPTrans criou duas linhas e reforçou a frota de 13 já existentes: 

Linhas criadas 

  • Metrô Tucuruvi – Praça do Correio (circular)
  • Metrô Santana – Praça do Correio (circular) 

Linhas reforçadas

  • 175T/10 Metrô Santana – Metrô Jabaquara
  • 157P/10 Metrô Santana – Ana Rosa 
  • 2104/10 Metrô Santana – Term. Pq. D. Pedro II
  • 5290/10 Div. de Diadema – Term. Pq. D. Pedro II
  • 5106/10 Jd. Selma – Largo São Francisco
  • 574A/10 Americanópolis – Largo do Cambuci
  • 118C/10 Jd. Pery Alto – Metrô Santa Cecília
  • 9300/10 Term. Casa Verde – Term. Pq. D. Pedro II
  • 107T/10 Metrô Tucuruvi – Term. Pinheiros
  • 208V/10 Term. A.E. Carvalho – Term. Pq. D. Pedro II
  • 1177/10 Term. A.E. Carvalho – Luz
  • 233A/10 Jd. Helena – Term. Vila Carrão
  • 4310/10 ET Itaquera – Term. Pq. D. Pedro II 

Linhas alteradas

 A linha 178Y/10 Vila Amélia – Metrô Jardim São Paulo foi prolongada até o Metrô Santana, onde há mais opções de linhas de ônibus municipais para a integração. 

 As linhas 5022/10 Vila Santa Margarida – Jabaquara, 5018/10 Shopping Interlagos – Jabaquara e 5018/31 Shopping Interlagos – Jabaquara deverão operar em sistema circular no Metrô Jabaquara. 

Disputa sobre abono salarial

O Sindicato dos Metroviários informou que a categoria cobra o pagamento do abono, a revogação de demissões por aposentadoria e outros desligamentos realizados em 2019, além de pedir novas contratações. 

Os grevistas chegaram a propor um dia de catraca livre como alternativa para não prejudicar a população, o que não foi inicialmente aceito com a alegação de falta de segurança. 

Por meio de nota, o Metrô disse “não há justificativa para que o Sindicato dos Metroviários declare greve reivindicando o que já vem sendo cumprido pela empresa”. 

A empresa disse que também empenhou esforços para atender os pleitos do sindicato, mas que a realidade econômica da companhia “não possibilita o pagamento de abono salarial neste momento”. 

O Metrô disse ainda que teve “significativas quedas de arrecadação pela pandemia e não teve ainda o retorno total da demanda de passageiros, se comparada a 2019”.

Com g1*/SP

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