A sentença foi proferida na quarta-feira (11) na Tailândia, mas os advogados tomaram conhecimento da decisão na madrugada desta quinta-feira (12) por meio de um e-mail do consulado.
A sentença foi proferida na quarta-feira (11) na Tailândia, mas os advogados tomaram conhecimento da decisão na madrugada desta quinta-feira (12) por meio de um e-mail do consulado.
Segundo Kaelly, a sentença foi proferida na quarta-feira (11) na Tailândia, mas os advogados tomaram conhecimento da decisão na madrugada desta quinta-feira (12) por meio de um e-mail do consulado brasileiro. As informações ainda são preliminares, uma vez que os advogados aguardam o recebimento da sentença completa.
“A gente teve uma pena muito positiva, melhor do que a gente esperava. Nós estávamos contando com 50 anos de prisão, mas já tínhamos descartado a pena de morte e a prisão perpétua. Estamos caminhando para uma pena humana, o mundo precisa ir contramão de penas desumanas”, afirmou Kaelly.
Desde o fim de 2021, a lei contra o tráfico de drogas mudou na Tailândia. Conforme nova legislação atual, a pena máxima para o tráfico de cocaína no país é de 15 anos de prisão.
Tentativa de extradição
De acordo com a advogada, do total de 9 anos e 6 meses de prisão da condenação, 2 anos são por crime civil, e 7 anos e 6 meses são por crime penal.
“A brasileira teria sido assistida por defensor público nomeado pela própria Corte. O setor consular está tentando, desde ontem, obter cópias dos documentos da sentença da brasileira”, informou Kaelly.
Ainda de acordo com a defesa, após ter acesso à sentença, os advogados tentarão a extradição da jovem, para que ela possa cumprir a pena no Brasil.
Leia o email do consulado na íntegra:
“A embaixada foi avisada ontem, 11/5, por telefone, sobre a audiência de Mary Hellen Coelho Silva perante a Corte de Samut Prakan, realizada no dia 8/5. O funcionário que informou a embaixada afirmou que a audiência foi agendada com um dia de antecedência, razão pela qual não teria sido possível alertar as partes interessadas antecipadamente.
De acordo com o funcionário da Corte, Mary Hellen foi condenada a 9 anos e 6 meses de prisão (divididos em: 2 anos, por crime civil; e 7 anos e 6 meses, por crime penal). A brasileira teria sido assistida por defensor público nomeado pela própria Corte. O setor consular está tentando, desde ontem, obter cópias dos documentos da sentença da brasileira”.
Suspeita de aliciamento presa
No dia 5 de maio, a Polícia Federal (PF) prendeu uma mulher suspeita de aliciar os três brasileiros que foram presos por tráfico internacional de drogas, no Aeroporto Internacional de Suvarnabhumi, em Bangkok, na Tailândia. Diante disto, um dos advogados de Mary Hellen, Telêmaco Marrace, afirmou que a prisão da mulher “abria caminho para a extradição” da jovem.
De acordo com Telêmaco, Mary Hellen entrou de “mula” na Tailândia e não sabia da existência da droga dentro da mala. Segundo ele, a prisão desta mulher confirma a versão da defesa.
“Nada prova também que a Mary Hellen sabia do conteúdo da mala. Ela provavelmente foi no emaranhado da trama, mas localizando quem emitiu a droga, muda um pouco a questão”, afirmou o advogado.
Entenda o caso
Mary Hellen Coelho Silva foi detida em fevereiro deste ano com outro brasileiro no aeroporto de Bangkok com 9 kg de cocaína. A droga estava escondida dentro de um compartimento oculto das três malas que eles carregavam. Outros seis quilos da droga estavam com outro suspeito, que foi preso horas depois. Os três são investigados por tráfico internacional de drogas.
O Itamaraty informou que, por meio da embaixada de Bangkok, acompanha a situação e presta toda assistência aos brasileiros.
A Tailândia é um dos países onde o tráfico de drogas pode ser punido com pena de morte, dependendo da quantidade e das circunstâncias.