sexta-feira, 21/02/25
HomeArtigosMarietta Baderna, a bailarina italiana cujo sobrenome virou sinônimo de “bagunça” no...

Marietta Baderna, a bailarina italiana cujo sobrenome virou sinônimo de “bagunça” no Brasil

Reprodução

Maria Baderna, a irreverente dançarina
conhecida tbm como Marietta Baderna, desafiou normas e valorizou a cultura negra no Rio de Janeiro do século XIX, deixou o registro de seu espírito rebelde e contestador, atraindo um público “barulhento”, que associou-se ao nome de Maria. Aportou no Rio de Janeiro em 1849 e apresentava-se no Teatro São Pedro, atual João Caetano, como bailarina, fazendo sucesso com a arte da dança na cidade. Ela rompeu com a ordem e o controle por parte de uma perspectiva masculina da história e marcou significativamente uma trajetória, um tempo, ao popularizar sua dança partilhando-a com os escravizados em danças ao ar livre, se encantou com ritmos de dança de origem africana, como o lundu, que passara a inserir nas apresentações de dança clássica. E, assim fazendo, provocava a ira dos conservadores, sofrendo represálias nos palcos vendo sua arte ser deixada para trás em um Rio de Janeiro repleto de contradições, com uma juventude que clamava por mudanças. A mídia dominante retrógrada na época realizava intensa campanha moral contra Maria Baderna, isolando-a das apresentações da então sociedade carioca. Ela viaja para a França ficando por um período fora do Brasil e, ao retornar, se apresenta mais algumas vezes, mas logo fica no anonimato. Casou e constituiu família, encerrando sua carreira de bailarina tornando-se professora de dança.

Faleceu em 1892, aos 64 anos, na cidade do Rio de Janeiro.

VEJA TAMBÉM

Comentar

Please enter your comment!
Please enter your name here

RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Este campo é necessário

VEJA TAMBÉM