Líder rural e sindical que dá nome à Marcha das Margaridas, para reivindicar direitos das mulheres do campo, será homenageada
O Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria está depositado no Panteão da Liberdade e da Democracia, em Brasília – (crédito: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil)
A ministra da Cultura, Margareth Menezes, anunciou que Margarida Alves é agora considerada heroína da pátria. O momento ocorreu durante discurso da ministra na abertura da Marcha das Margaridas, nesta terça-feira (15/8), no Pavilhão de Eventos do Parque da Cidade Sarah Kubitscheck, em Brasília. A sanção foi aprovada em plenário do Senado Federal na noite de hoje.
Por 39 votos a 25, os parlamentares do Senado aprovaram a inscrição do nome de Margarida Alves no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria. O texto é de autoria da deputada Maria do Rosário (PT-RS), relatado pelo senador Paulo Paim (PT-RS) na Comissão de Educação e Cultura.
Margarida Alves morreu em agosto de 1983, logo após completar 50 anos. Ela foi assassinada por latifundiários na porta de casa, em Alagoa Grande, na Paraíba. Margarida lutava por direitos básicos dos trabalhadores rurais, como carteira de trabalho assinada, jornada de oito horas, férias e 13º salário.
Em 2000, em homenagem a ela, foi criada a Marcha das Margaridas, mobilização de trabalhadoras rurais que ocorre de quatro em quatro anos em Brasília. O Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria está depositado no Panteão da Liberdade e da Democracia, em Brasília. Nele também estão gravados os nomes de Tiradentes, Zumbi dos Palmares e Santos Dumont, entre outros personagens históricos.
Por Mayara Souto/Correio