O primeiro-ministro Mark Rutte condenou os distúrbios do fim de semana em que manifestantes atacaram a polícia e provocaram incêndios em postos de teste de Covid-19
A polícia prendeu pelo menos 70 pessoas após manifestantes irem às ruas em cidades na Holanda nesta segunda-feira (25) no terceiro dia de protestos contra a decisão do governo de adicionar um toque de recolher noturno ao já estrito bloqueio do país.
A agência de notícias holandesa ANP informou que policiais montados a cavalo em Roterdã entraram em conflito com um grupo de cerca de 50 jovens nesta segunda. Na cidade de Geleen, no sul do país, imagens mostraram jovens fugindo da polícia pouco antes de o toque de recolher noturno entrar em vigor.
O primeiro-ministro Mark Rutte condenou os distúrbios do fim de semana em que manifestantes atacaram a polícia e provocaram incêndios em postos de teste de Covid-19.
O toque de recolher, o primeiro no país desde a Segunda Guerra Mundial, dura das 21h às 4h30 e foi imposto depois que o Instituto Nacional de Saúde alertou que uma nova onda de infecções está a caminho devido à variante britânica do vírus -embora o número de infecções na Holanda tenha diminuído há semanas.
Cerca de 4.129 novos casos foram registrados nesta segunda, o menor número desde 1º de dezembro.
A polícia disse que centenas de pessoas foram detidas no fim de semana em incidentes que começaram na noite de sábado (23) e duraram até a madrugada desta segunda -5.700 multas foram emitidas por violação do toque de recolher. No domingo (24), incidentes foram registrados em Amsterdã, Eindhoven, Haia, Breda, Arnhem, Tilbourg, Enschede, Appeldoorn, Venlo e Ruremond.
“Isso é violência criminosa e vamos tratá-la como tal”, disse Rutte. Escolas e comércios não essenciais estão fechados no país desde meados de dezembro, após o fechamento de bares e restaurantes dois meses antes.
Desde o início da pandemia, a Holanda já registrou mais de 13 mil mortes e 952 mil infecções pelo coronavírus. (FOLHAPRESS)