Ao todo, o presidente brasileiro fará vinte encontros com presidentes e representantes de organizações internacionais até o final da Cúpula, na terça-feira (19/11)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva encontrou com o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa – (crédito: Ricardo Stuckert / PR)
Rio de Janeiro — O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reuniu-se na manhã deste domingo (17/11) com o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, no Forte de Copacabana. A bilateral com o próximo líder do G20 inicia uma agenda com outros dez encontros internacionais somente hoje. Até o final da Cúpula, serão vinte reuniões com líderes e organizações internacionais.
No encontro, Lula pediu que Ramaphosa dê continuidade ao G20 Social em 2025, iniciativa idealizada pela presidência brasileira, o que foi acordado pelo sul-africano.
Os dois presidentes também conversaram sobre a retomada do grupo IBAS, que reúne Brasil, Índia e África do Sul e busca fortalecer a cooperação Sul-Sul. A presidência brasileira no Brics, no próximo ano, também foi discutida entre os dois líderes.
Na pauta do G20, os presidentes conversaram sobre uma das principais pautas defendidas pelo governo brasileiro, a taxação dos super ricos – que propõe tributar 2% dos 3 mil indivíduos mais ricos do planeta, que detém patrimônio de US$ 15 trilhões. Os líderes concordam que o valor arrecadado pode financiar a preservação ambiental.
Na sequência, o presidente brasileiro também se reuniu com o primeiro-ministro da Malásia, Anwar Ibrahim. O país foi convidado pelo Brasil para estar no encontro internacional, mesmo não sendo parte das 19 maiores economias do mundo, além da União Europeia e União Africana.
Os dois conversaram sobre os três eixos temáticos a serem debatidos no G20, como a reforma da governança global – que ambos apoiam – e combate à fome e à pobreza, em que houve troca de experiências. Os líderes ainda sinalizaram possível cooperação na área de semicondutores, área com alta expertise malaia.
Lula ainda tem encontros bilaterais marcados, neste domingo, com outros líderes do G20: a primeira-ministra da Itália, Giogia Meloni, o presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o presidente da Angola, João Manuel Gonçalves Lourenço, o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdoan, e o presidente da França, Emmanuel Macron.
Depois, Lula deve encontrar com o príncipe de Abu Dhabi (Emirados Árabes), Sheikh Khaled bin Mohamed bin Zayed Al Nahyan. Na ocasião, além do presidente, estará o ministro da Casa Civil, Rui Costa, para assinar um Memorando de Entendimento junto com o Sheik, que também é ministro de Investimentos dos Emirados Árabes.
Por fim, são esperados encontros de Lula com representantes de países convidados por ele, como o primeiro-ministro do Vietnã, Pham Minh Chinh, o presidente do Egito, Abdel Fattah El-Sisi, e o presidente da Bolívia, Luis Arce.
As bilaterais ocorrem desde sábado (16/11) no Forte de Copacabana. O primeiro a ser recebido por Lula foi o Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, e os dois conversarem sobre a programação da Cúpula do G20 e o que está sendo feito sobre mudanças climáticas na COP-29, que ocorre simultaneamente no Azerbaijão.
Lula também esteve com a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, em que debateu sobre a política na Europa e no Brasil, e o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Ilan Goldfajn, que anunciou adesão à Aliança Global contra a Fome e a Pobreza e investimento de R$ 140 bilhões para a iniciativa. (CB)