Pesquisa Datafolha mostrou, na semana passada, que a aprovação do governo Lula caiu de 35%, em dezembro, para 24%
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)afirmou, nesta quarta-feira (19/2), que as pesquisas de avaliação do governo são uma maneira de estudar a percepção que a população tem sobre o governo federal e que não costuma levar as sondagens a sério. Ele pontuou, durante a fala no Palácio do Planalto, que está contente com o terceiro mandato.
“Quem me conhece sabe que eu nunca levei definitivamente a sério qualquer pesquisa feita em qualquer momento. Uma pesquisa serve para você estudar, para você saber se você tem que mudar de comportamento, para você saber se tem que mudar de ação, é isso que eu faço”, disse Lula.
Entenda o que está acontecendo
- Presidente Lula recebe o primeiro-ministro de Portugal, Luís Montenegro, nesta quarta-feira (19/5).
- Lula diz que não leva a sério as pesquisas, mas usa para avaliar possíveis mudanças.
- Datafolha aponta redução de 35% para 24% da aprovação do terceiro governo Lula, com reprovação em 41%.
- O presidente brasileiro garante que governará até 2026 e entregará um país melhor do que o prometido.
- O petista afirma que só fará a reforma ministerial se considerar necessário, diante da pressão do centrão para mais espaço.
A pesquisa Datafolha divulgada na sexta-feira (14/2) mostra que 24% dos entrevistadosconsideram o terceiro governo Lula ótimo ou bom. Ainda de acordo com o levantamento, outros 41% consideram a terceira gestão do petista como ruim ou péssima.
Em dezembro de 2024, a gestão de Lula era aprovada por 35% dos eleitores, enquanto 34% avaliavam o governo como ruim ou péssimo.
“A única coisa que eu posso dizer é que eu tenho mandato até 31 de dezembro de 2026 e eu quero entregar o país que eu prometi durante a campanha eleitoral, e vou entregar esse país e talvez até melhor do que eu prometi”, comentou Lula.
Ainda durante a declaração, o presidente disse estar “muito contente” com a composição do governo e afastou as especulações sobre possíveis mudanças em ministérios.
“Mudar ou não mudar o governo é uma coisa que pertence intimamente ao presidente da República. Eu estou muito contente com meu governo. Muito contente. Acho que todo mundo cumpriu à risca o que era para fazer”, ressaltou Lula. “Um presidente vai mudando pessoas na medida que ele entende que precisa mudar as pessoas.”
“Nunca nenhum jornalista ouviu eu dizer que vou fazer reforma ministerial. Essa palavra não existe na minha boca. Não existe porque eu mudo quando eu quiser. Da mesma forma que eu convidei quem eu queria, eu tiro quem eu quiser, na hora que eu quiser”, disse.
O centrão tem pressionado o presidente Lula em busca de mais espaço no primeiro escalão do governo. A medida tem sido apontada como necessária para que o Palácio do Planalto consiga aprovar pautas de interesse, como a ampliação da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil.