segunda-feira, 09/06/25
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Justiça revoga liminar e manda prender de novo ex-tesoureira da Cruz Vermelha

Ela tinha conseguido habeas corpus para cumprir prisão na casa da sogra, alegando que não havia ninguém para cuidar do filho. Investigadores apontaram que menino podia ficar com tios.

A Justiça do Distrito Federal revogou a decisão que liberava a ex-tesoureira da Cruz Vermelha de Petrópolis, Tatty Anna Kroker. Ela tinha conseguido habeas corpus da 3ª Turma Criminal para cumprir prisão domiciliar sob a justificativa de que precisava cuidar do filho, de 10 anos. Com a nova determinação da Justiça, ela volta a ser presa na Colmeia, por tempo indeterminado.

A ex-tesoureira faz parte do grupo de 13 pessoas acusado de lucrar e “sumir” com o dinheiro do contrato pago à organização social para administrar duas UPAs do DF, sem ter prestado nenhum serviço. Todos são réus na Justiça. Os crimes apontados pelo Ministério Público são: irregularidade em dispensa de licitação, falsificação de documento, peculato e lavagem de dinheiro (veja aqui).

Para cuidar do filho

Uma investigação do Ministério Público de Minas Gerais mostrou que, ao contrário do que Tatty Anna Kroker tinha afirmado, o filho não estava apenas sob o cuidado da sogra, que ela dizia ter saúde debilitada. O relatório do MP de Minas foi compartilhado com os promotores de Brasília.

“Vale dizer, mesmo que sua sogra seja acometida de alguma debilidade, o que não se tem certeza, ainda assim restam dois tios adultos do infante na mesma casa, portanto, a sogra da denunciada, além de não ser a única parente da criança, também não seria a única com condições de exercer a guarda provisória.”

Relembre o dia da prisão dos suspeitos no dia da operação

Relembre o dia da prisão dos suspeitos no dia da operação

Assim, a 3ª Turma Criminal do Tribunal de Justiça decretou novamente a prisão preventiva da ex-tesoureira. Para chegar à decisão, os desembargadores levaram em conta a gravidade da conduta dela, o fato de existirem outros parentes aptos a cuidar do filho e a preocupação em continuar com as investigações.

A decisão dos magistrados é do dia 13 de julho. Dois dias depois, uma equipe do MP de Brasília foi até Petrópolis, no Rio de Janeiro, para trazer de volta a ex-tesoureira ao DF.

Entenda

O objetivo da operação Genebra é identificar e punir os responsáveis pelo desvio dos R$ 3,46 milhões repassados à Cruz Vermelha de Petrópolis, quando a organização foi contratada em 2010 para administrar as UPAs do Recanto das Emas e de São Sebastião.

O acordo foi suspenso dois meses depois, e a organização social (OS) não prestou de fato nenhum serviço, afirma o MP. Corrigidos, os valores ultrapassam R$ 9,7 milhões.

O nome “Genebra” da operação remete à cidade onde fica a sede da Cruz Vermelha, na Suíça.

Fachada da Penitenciária Feminina do DF, conhecida como Colmeia (Foto: TV Globo/Reprodução)

Fachada da Penitenciária Feminina do DF, conhecida como Colmeia

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