Informação foi divulgada pela família do jornalista. Riba, como era chamado pelos colegas, lutava havia cerca de 50 dias contra Covid-19. Ele deixa a esposa e três filhos.
O jornalista Ribamar Oliveira, repórter especial e colunista do jornal “Valor Econômico“, morreu nesta terça-feira (1º) de Covid-19 em Brasília. A informação foi divulgada pela família do jornalista em uma rede social.
Ribamar Oliveira tinha 67 anos e estava internado havia quase 50 dias. O jornalista deixa a esposa e três filhos. A família informou que não haverá velório e que o corpo será cremado, como era a vontade do jornalista.
“Seu exemplo de ética, de profissionalismo, de dedicação ao jornalismo e de amor à família e à vida nos enchem de orgulho e nos guiarão a partir de agora”, afirmou a família.
O jornal “Valor Econômico” lembrou a trajetória do profissional. Ribamar Oliveira ganhou vários prêmios na carreira, entre os quais o Prêmio Esso de Economia pela reportagem “O escândalo dos precatórios”.
A trajetória de Ribamar Oliveira
Formado em jornalismo pela Universidade de Brasília (UnB), Riba, como era chamado pelos colegas, passou pelos principais jornais e revistas do país.
Foi chefe de redação da sucursal de “O Globo” em Brasília; repórter do “Jornal do Brasil”; e coordenador de economia, repórter especial e colunista do jornal “O Estado de S. Paulo”. Também trabalhou nas revistas “Veja” e “Isto é”.
Ribamar trabalhou, ainda, como assessor de imprensa do Ministério do Planejamento, em 1994, ano de lançamento do Plano Real, e como assessor de imprensa do Banco Central. É coautor do livro “A Era FHC, um balanço”.
Atualmente, Ribamar Oliveira trabalhava como repórter especial do jornal “Valor Econômico”, em Brasília, onde cobria as notícias relacionadas às contas públicas. Tinha uma coluna semanal, publicada às quintas-feiras.
Ministério lamenta morte do jornalista
Em nota, o Ministério da Economia lamentou a morte do jornalista.
“O colunista do jornal Valor Econômico era conhecido pelo alto nível técnico, seriedade na apuração, ética e bom humor. A trajetória premiada e o reconhecimento dos colegas e dos técnicos da equipe econômica refletem a carreira de sucesso dedicada à cobertura econômica”, diz a pasta em nota.
Seriedade do trabalho
O Banco Central também divulgou uma nota e expressou pesar pelo falecimento do jornalista, se solidarizando com família e amigos.
“O Banco Central expressa profundo pesar pelo falecimento do jornalista Ribamar Oliveira, cuja excelência e a seriedade do trabalho serviu como exemplo a todos nesta instituição em seu período como Assessor de Imprensa”, afirmou o banco.
“Foi uma honra contar com o profissionalismo de Ribamar no trabalho de bem informar a sociedade sobre as atividades do Banco Central. No jornalismo, sua ausência será sentida por todos os colegas”, completou.
Profissionalismo e competência
Em nota, o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Luiz Fux, afirmou que Ribamar Oliveira era “respeitado por ministros, servidores e colaboradores do STF em razão de seu profissionalismo e competência”.
O Supremo se solidariza com a família e os amigos, e espera que obtenham conforto neste momento de dor e perda”, acrescentou.
Exemplo de ética
O Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), também se manifestou.
“Exemplo de ética, de profissionalismo e de dedicação ao jornalismo, Riba, como era chamado pela sua legião de amigos, era um profundo conhecedor da questão fiscal brasileira, sendo uma referência no assunto”, afirmou o instituto. (G1/DF)