Está tudo pronto para o lançamento do livro “CMJP 75 ANOS – Liberdade, Transparência, Democracia”, do jornalista Edmilson Lucena. O evento acontecerá às 16h do próximo dia 17, quinta-feira, no Hotel Globo, no Centro Histórico da Capital, dentro das comemorações do 75º Aniversário da Câmara Municipal de João Pessoa, a partir da redemocratização de 1947. O livro resgata a história da Casa Napoleão Laureano, de 1947 aos dias atuais e foi escrito a partir de pesquisas nos arquivos da Casa, nos jornais A União, O Norte e Correio da Paraíba; Instituto Histórico e Geográfico Paraibano, Academia Paraibana de Letras, Fundação Joaquim Nabuco, em Pernambuco; Fundação Casa de José Américo e, principalmente, dos depoimentos de ex-presidentes, vereadores e vereadoras, os verdadeiros protagonistas de todo o processo.
Paralelamente, o autor destaca, ao lado dos acontecimentos que marcaram a CMJP durante todo esse tempo, os fatos mais importantes de cada década, dos anos 50 até o presente momento, a exemplo do suicídio de Getúlio Vargas, ascensão de Juscelino Kubstcheck, eleição e renúncia de Jânio Quadros, posse e exílio de João Goulart, o golpe militar de 1964 e, assim, por diante.
A vida e morte do vereador e médico Napoleão Laureano, patrono da Câmara, têm espaço importante e especial no livro, que também reproduz depoimentos reveladores e surpreendentes de personagens que se confundem com a própria história da Casa, a exemplo de Cabral Batista, vereador desde a primeira legislatura e presidente por 10 vezes; Carlos Mangueira, Geraldo Gomes de Lima, Gerson Gomes de Lima e Genivaldo Fausto de Oliveira, entre outros não menos importantes.
A cassação de Antonio Augusto Arroxelas, em 1964, ganhou um capítulo especial no livro. “A verdade sobre esse lamentável episódio comandado pelos próprios vereadores à época é, finalmente, restabelecida”, afirma.
As mulheres têm um tratamento especial, com espaço para todas, a partir da primeira vereadora eleita em João Pessoa, Ofélia Gondim, em 1973, seguida por Magdalena Alves, Sônia Germano, Creusa Pires, Nadja Palitot, Sandra Marrocos, Elisa Virgínia e as suplentes Vera Lucena, Helena Holanda, Fabíola Rezende, Rebeca Sodré e Cris Furtado.
Edmilson Lucena faz questão de deixar claro que o propósito, sempre que possível, a partir desse livro, “é documentar a história da Câmara e da cidade de João Pessoa, mesmo que de forma singela, como contribuição à preservação do seu passado e incentivo à exaltação do trabalho que se realiza na Casa para que as atuais e futuras gerações redescubram valores antigos e cultuem, no caso particular da Capital paraibana, o que a cidade tem de mais fascinante – a sua paisagem”.
Defende, ainda, que é preciso “estimular o respeito e crença nas ações da Casa Napoleão Laureano, a defesa do patrimônio histórico e natural da cidade, associando essa iniciativa à luta contra a mutilação do seu perfil urbano. Nosso intenção, enfim, é despertar os sentimentos e a consciência dos que amam a capital paraibana e têm responsabilidade com o seu futuro”.