sábado, 07/06/25

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Itália e Espanha admitem: futebol foi cúmplice do coronavírus

Torcida do Atlético de Madrid chegando a Liverpool. Espalhando a pandemia
Reprodução Twitter

 

Para dirigentes brasileiros que desejam apressar a volta do futebol, de qualquer maneira, mesmo com a pandemia do coronavírus, vem a lição da Europa.

Na verdade, um ‘mea culpa’.

Os prefeitos de Madri, na Espanha, e Bergamo, na Itália, confessam que erraram ao se deixar seduzir pela importância da Champions League.

A Organização Mundial da Saúde já havia alertado sobre o perigo do coronavírus.

Os números de vítimas e as dezenas de países atingidos já indicavam pandemia, quando os clubes estavam prontos para jogar.

Por mais arrecadação, o Atalanta não quis atuar no seu estádio, com capacidade para apenas 21 mil torcedores. E levou o jogo decisivo contra o Valencia para Milão, para o San Ciro, que suporta 80 mil pagantes.

A partida foi no dia 10 de março.

“O jogo foi uma bomba biológica. Naquela época, não sabíamos o que estava acontecendo. O primeiro paciente na Itália surgiu em 23 de fevereiro.

“Se o vírus já estava em circulação, os 40 mil torcedores que foram ao San Siro foram infectados. Ninguém sabia que o vírus estava circulando entre nós”, confessou o prefeito de Bergamo, George Gori.

Mais de 40 mil italianos foram de Atlanta para Milão. Por jogo da Champions
Reprodução Twitter

 

“Muitos assistiram ao jogo em grupos e houve muito contato naquela noite. O vírus foi transmitido de um para o outro”, relembra.

Não foi por acaso que a região da Lombardia, onde fica Bergamo, acabou sendo o epicentro das mortes pelo coronavírus na Itália.

No dia seguinte ao jogo, em uma combinação terrível, aconteceria Liverpool e Atlético de Madrid, na Inglaterra.

Foram mais de três mil espanhóis viajando para Liverpool.

No mesmo dia 11 de março, quando a OMS declarou oficialmente a pandemia.

“Não fez nenhum sentido 3.000 torcedores viajarem naquela época. Olhando para o que aconteceu, todos deveriam ser mais precavidos. Foi um erro”, reconhece agora, o prefeito de Madrid, José Luiz Martinez-Almeida.

Ele coloca esse deslocamento como fundamental para a contaminação de dezenas de milhares de pessoas na  capital espanhola.

Tanto Martinez Almeida quanto Gori se posicionam completamente contra a volta do futebol, sem a perspectiva do fim da pandemia.

Na Espanha os números mostram que o quanto a situação segue tenebrosa. Nas  últimas 24 horas, morreram 410 pessoas, somando 20.453 falecidos desde o início da pandemia. Foram 195.944 registrados.

Na Itália, segue ainda pior.

Já são 23.227 mortos. Foram 482 mortos de sexta para sábado. Com 172.434 infectados.

Martinez Almeida e Gori têm certeza.

“O futebol contribuiu e muito com essa pandemia. Não percebemos o grave erro que cometemos”, resume Gori…

 

Dirigentes brasileiros não se importam com a pandemia. Querem jogos de volta

Grêmio

Os dirigentes brasileiros precisam ter consciência.

E perceber o que fazem.

Por dinheiro, querem a volta do futebol.

O mais rápido possível.

Mesmo com o crescimento da doença.

Sem um estudo profundo das consequências na pandemia.

Encontro da ganância com irresponsabilidade.

Até hoje pela manhã, são 36.925 infectados.

E 2.372 mortos no Brasil…

*R7

 

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