Primeiro-ministro foi criticado após enviar mais doses de imunizante a 19 países do que a palestinos em seus territórios. Benjamin Netanyahu disse que havia doses de vacina do laboratório Moderna ‘sobrando’ e que acreditava que doações ‘compram cortesia’.
O governo de Israel congelou os planos para enviar doses de vacinas contra a Covid-19 para fora do país, afirmou o ministro da Defesa, Benny Gantz, nesta quinta-feira (25), após a iniciativa passar por escrutínio do ponto de vista legal.
O primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, está sendo criticado por doar vacinas da Covid-19 a aliados externos, ao mesmo tempo em que palestinos reclamam que, enquanto potência ocupante, Israel deveria fornecer mais doses do imunizante a eles.
A rede pública israelense Kan, que no início da semana reportou que Israel enviaria pequenas remessas a 19 países, disse que o procurador-geral do país, Avichai Mandelblit, estava buscando esclarecimentos sobre o programa.
Uma autoridade do gabinete de Netanyahu disse que depois que as questões legais foram levantadas, o conselheiro de segurança nacional de Netanyahu pediu que Mandelblit desse sua opinião.
“Eu vejo com bons olhos a decisão de congelar a transferência de vacinas para outros países”, disse Gantz no Twitter. Gantz atua no governo de Netanyahu enquanto se prepara para enfrentá-lo em uma eleição no mês que vem.
Netanyahu defendeu mais cedo na semana o que tem sido chamado de “diplomacia da vacina”, dizendo que Israel tinha vacinas “não utilizadas” da Moderna sobrando.
“Eu acredito que isso compra cortesia”, disse o primeiro-ministro a jornalistas na quarta-feira. “Eu acho que é uma decisão inteligente (…) em troca de muitos dividendos que já recebemos, em muitos contatos contínuos, em muitas áreas diferentes que não irei elaborar aqui”.
Por Reuters*