domingo, 23/02/25
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Israel paralisa programa de envio de vacinas a países aliados, diz ministro da Defesa

Primeiro-ministro foi criticado após enviar mais doses de imunizante a 19 países do que a palestinos em seus territórios. Benjamin Netanyahu disse que havia doses de vacina do laboratório Moderna ‘sobrando’ e que acreditava que doações ‘compram cortesia’.

Moradores estrangeiros esperam em fila de vacinação para a Covid-19 em Tel Aviv, Israel, no dia 9 de fevereiro. — Foto: Jack Guez / AFP
Moradores estrangeiros esperam em fila de vacinação para a Covid-19 em Tel Aviv, Israel, no dia 9 de fevereiro. — Foto: Jack Guez / AFP

O governo de Israel congelou os planos para enviar doses de vacinas contra a Covid-19 para fora do país, afirmou o ministro da Defesa, Benny Gantz, nesta quinta-feira (25), após a iniciativa passar por escrutínio do ponto de vista legal.

O primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, está sendo criticado por doar vacinas da Covid-19 a aliados externos, ao mesmo tempo em que palestinos reclamam que, enquanto potência ocupante, Israel deveria fornecer mais doses do imunizante a eles.

A rede pública israelense Kan, que no início da semana reportou que Israel enviaria pequenas remessas a 19 países, disse que o procurador-geral do país, Avichai Mandelblit, estava buscando esclarecimentos sobre o programa.

Uma autoridade do gabinete de Netanyahu disse que depois que as questões legais foram levantadas, o conselheiro de segurança nacional de Netanyahu pediu que Mandelblit desse sua opinião.

“Eu vejo com bons olhos a decisão de congelar a transferência de vacinas para outros países”, disse Gantz no Twitter. Gantz atua no governo de Netanyahu enquanto se prepara para enfrentá-lo em uma eleição no mês que vem.

Netanyahu defendeu mais cedo na semana o que tem sido chamado de “diplomacia da vacina”, dizendo que Israel tinha vacinas “não utilizadas” da Moderna sobrando.

“Eu acredito que isso compra cortesia”, disse o primeiro-ministro a jornalistas na quarta-feira. “Eu acho que é uma decisão inteligente (…) em troca de muitos dividendos que já recebemos, em muitos contatos contínuos, em muitas áreas diferentes que não irei elaborar aqui”.

Por Reuters*

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