segunda-feira, 06/10/25

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Israel deporta Greta Thunberg e outros 170 ativistas de flotilha

Ativista sueca foi detida na semana passada por participar de flotilha que levava ajuda humanitária a Gaza. Total de deportados chegou a 340. Governo de Israel disse ter respeitado todos os direitos legais dos ativistas durante detenção em prisão israelense.

Foto: Divulgação/Ministério das Relações Exteriores de Israel

 

 

O governo de Israel deportou nesta segunda-feira (6) a ativista sueca Greta Thunberg e outros 170 ativistas que estavam detidos após uma flotilha com mais de 40 barcos rumo à Faixa de Gaza ter sido interceptada por tropas israelenses.

“Mais 171 provocadores da flotilha Hamas–Sumud, incluindo Greta Thunberg, foram deportados hoje de Israel para a Grécia e a Eslováquia. (…) Todos os direitos legais dos participantes deste espetáculo de relações públicas foram e continuarão sendo plenamente respeitados”, afirmou o Ministério das Relações Exteriores israelense em comunicado.

 

A pasta compartilhou uma foto de Greta e outros ativistas no aeroporto antes do voo de deportação. Greta deve chegar à Grécia nas próximas horas, segundo a agência de notícias Reuters.

O governo de Benjamin Netanyahu, que realiza um bloqueio terrestre, marítimo e aéreo em Gaza, interceptou na semana passada todos os barcos da flotilha que navegava em direção ao território palestino.

Segundo o governo israelense, os ativistas que foram deportados nesta segunda-feira são de diversas nacionalidades europeias e dos Estados Unidos. Brasileiros participaram da flotilha e, segundo o Itamaraty, eles ainda estão detidos em Israel.

Israel já deportou ao menos 340 ativistas, entre quase 450 detidos, e quer finalizar as deportações “o mais rápido possível”, mesmo em meio a tentativas de obstrução, segundo o Ministério das Relações Exteriores.

Governo de Israel deporta ativista sueca Greta Thunberg em 6 de outubro de 2025. — Foto: Divulgação/Ministério das Relações Exteriores de Israel

Governo de Israel deporta ativista sueca Greta Thunberg em 6 de outubro de 2025. — Foto: Divulgação/Ministério das Relações Exteriores de Israel

Agora, o governo israelense realiza os trâmites para a deportação dos ativistas, que chama de “provocadores”. Israel disse que Greta e outros detidos haviam se recusado “a agilizar sua deportação e insistiram em prolongar sua permanência sob custódia”.

No domingo (5), o governo israelense negou estar maltratando Greta enquanto a mantinha detida e preparava sua deportação, em resposta a uma denúncia de dois ativistas que também participaram da flotilha e já haviam sido deportados.

A interceptação dos barcos da flotilha gerou uma condenação internacional a Israel. Na sexta-feira (3), o governo Lula denunciou Israel no Conselho de Direitos Humanos da ONU por conta da interceptação de flotilha.

A flotilha tinha como objetivo levar ajuda humanitária aos palestinos em Gaza e dar evidência sobre o sofrimento causado pela guerra entre Israel e Hamas no território, que completará dois anos na terça (7) e começou após o ataque terrorista de membros do grupo palestino em território israelense, que deixou mais de 1.200 mortos e cerca de 250 foram levados como reféns.

Desde então, o conflito gerou uma grave crise humanitária entre os palestinos e situação de fome generalizada e deixou mais de 67 mil mortos e quase 170 mil feridos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas —essa contagem é chancelada pela ONU.

Havia um total de 15 brasileiros na flotilha Sumud, segundo o Itamaraty e a assessoria das embarcações. Desses, 14 foram detidos e um já foi deportado.

Há 13 brasileiros ainda detidos em Israel, e receberam visita do governo brasileiro nesta segunda-feira. A deputada federal Luizianne Lins (PT-CE) é uma das brasileiras detidas por Israel.

Segundo informações obtidas pela GloboNews e pelo g1, os brasileiros estão no centro de detenção em Ketziot, no deserto de Negev. É o maior centro de detenção de Israel em termos de área territorial. Todos estão em boas condições de saúde, segundo fontes diplomáticas.

Um brasileiro não foi detido por estar em um barco diferente dos outros, que não estava previsto para passar da zona de alto risco determinada por Israel.

O integrante já deportado, um argentino-italiano residente no Brasil, chegará ao Rio de Janeiro nesta segunda-feira à noite.

 

Com informações do g1

 

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