Nos últimos dois dias, o Exército anunciou ter atingido mais de 150 alvos em toda a Cidade de Gaza. A rota ficará aberta por 48 horas

As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) anunciaram, nesta quarta-feira (17/9), a abertura de uma rota temporária de passagem pela estrada Salah al-Din, permitindo que moradores deixem a Cidade de Gaza após o início de intensa ofensiva terrestre na principal cidade do território palestino.
Segundo o porta-voz do Exército israelense, Avichay Adraee, a abertura do corredor temporário tem como objetivo “facilitar a movimentação em direção ao sul”.
A rota ficará aberta por 48 horas, de quarta até sexta-feira (19/9).
Israel x Hamas
- A escalada da fome na Faixa de Gaza vem se prolongando nos últimos meses devido aos conflitos entre Israel e o Hamas.
- O território palestino está sob cerco total das forças israelenses, que lançaram uma ofensiva de larga escala para tomar o último grande bastião do Hamas no território palestino.
- O Hamas anunciou que aceitou a proposta de cessar-fogo apresentada pelos mediadores do Egito e do Catar. O acordo inclui a suspensão das operações militares na Faixa de Gaza por 60 dias, além da troca de metade dos reféns israelenses mantidos pelo grupo por prisioneiros palestinos.
- Até o momento, o governo israelense não respondeu.
- A tensão se agravou após o grupo palestino se reunir em Doha, no Catar, para discutir meios de alcançar um acordo de cessar-fogo com Israel, quando se tornaram alvos de um ataque israelense.
Segundo Adraee, a “movimentação deve ocorrer apenas pelas ruas assinaladas em amarelo no mapa como trajeto de deslocamento para o sul”.
O Exército informou que a ofensiva terrestre na Cidade de Gaza faz parte da Operação Carruagens de Gideão II: “As tropas estão eliminando terroristas e desmantelando estruturas militares usadas pelas organizações terroristas na Faixa de Gaza”.
Nos últimos dois dias, o Exército anunciou ter atingido mais de 150 alvos em toda a Cidade de Gaza.
Hospitais em Gaza
Em decorrência dos ataques, o Ministério da Saúde da Palestina anunciou, também nesta quarta, que as forças israelenses frustraram “as tentativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) de introduzir combustível nos hospitais da província de Gaza”.
“A ocupação insiste em impedir a OMS de utilizar rotas alternativas para entregar combustível aos hospitais de Gaza e do norte”, afirmou o ministério em um comunicado.
Ainda segundo o órgão, a crise “ameaça interromper o funcionamento do Complexo Médico Al-Sahaba, do Hospital de Serviço Público, da central de oxigênio, das ambulâncias e de outros hospitais, que deixarão de funcionar em apenas alguns dias”.