Arnaldo Niskier
Da Academia Brasileira de Letras, Doutor Honoris Causa
da Universidade Santa Úrsula e Comendador do Superior
Tribunal do Trabalho
A Volkswagen adotou a inteligência artificial e lhe deu o nome de Otto. O avatar responde a variadas perguntas sobre hábitos do motorista, mas a principal utilização é sobre a segurança indispensável das ações do trânsito. Essas ações são protegidas por criptografia.
Estamos chegando aos tempos em que o carro pode andar sem motorista, o que naturalmente é um avanço. Seiscentos mil é o número de anúncios que podem ser analisados diariamente em nosso país pela empresa dinamarquesa Autorola, com as garantias de treinamento, conscientização e auditorias regulares. Indicações sobre a liquidez de carros são oferecidas ao mercado, o que sem dúvida representa um avanço extraordinário.
Como disse o Ministro Ricardo Lewandowski, “a IA está presente na pesquisa científica, fabricação de fármacos, formulação de diagnósticos médicos, segurança dos transportes, previsão meteorológica, automação industrial, melhoria da agricultura e transmissão de conhecimentos, além de outros usos fundamentais”. Prevemos o seu pleno emprego na área da educação – e isso provocará amplas modificações em tudo o que necessita de uma grande quantidade de dados. Prevê, pois, um futuro auspicioso – e em breve tempo. Mas pode também provocar guerras incontornáveis, por isso não é uma “ferramenta neutra”. Pode controlar pessoas e obter vantagens materiais em escala global.
Em obra de Kate Crawford, assinala-se que as grandes casas da IA (conhecidas como big techs), há um domínio da computação planetária em larga escala. É preciso levar isso em conta e trabalhar com essa hipótese.
É natural, diante da guerra comercial, que essa ferramenta ganhe protagonismo na estratégia de crescimento. Não é de estranhar que o Rio esteja se preparando para a construção de um hub(Rio Hal City). Virá um grupo de cal centers no entorno do Parque Olímpico da Barra da Tijuca. Será de extrema utilidade.