sexta-feira, 12/09/25
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IBGE: fôlego de serviços vem sustentado por atividades mais blindadas pela conjuntura macro

IBGE aponta alta de 2,4% em seis meses, com segmentos mais blindados da conjuntura econômica impulsionando o volume de serviços prestados

Foto: Elza Fiuza/Agência Brasil

 

Os avanços sucessivos no volume de serviços prestados no País, que levaram o setor a renovar patamares recordes mês a mês, têm influência de atividades mais blindadas da conjuntura econômica, disse Rodrigo Lobo, gerente da Pesquisa Mensal de Serviços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os segmentos que sustentam o fôlego dos serviços são estimulados por dinâmicas próprias de seus setores, como os serviços de tecnologia da informação, agenciamento de espaços de publicidade e intermediação de negócios em geral por meio de plataformas e de aplicativos, sendo mais preservados de oscilações conjunturais.

“A própria dinâmica do seu setor é suficiente para traçar a trajetória ascendente”, apontou Lobo.

O transporte rodoviário de cargas, segmento de maior peso na pesquisa (13,3%), foi impulsionado nos últimos dois meses pela demanda do setor agrícola, em ano de safra recorde, mas também vinha crescendo pela necessidade de logística do comércio eletrônico nos últimos anos. O segmento de tecnologia de informação também vem sustentando o crescimento do volume de serviços prestados no País desde a pandemia de covid-19, adicionou Lobo.

“O aumento da taxa de juros, a permanência da taxa de juros em patamares elevados, para essa atividade em particular de tecnologia da informação acaba não trazendo nenhum tipo de prejuízo em particular. Os serviços prestados às famílias, esses sim, são bastante afetados pelas variáveis macroeconômicas”, disse o pesquisador, mencionando questões como juros, emprego e níveis de preços. “Os serviços prestados às famílias costumam ser afetados positivamente quando tem maior nível de emprego, maior nível de renda e menor nível de preços.”

O setor de serviços acumulou um ganho de 2,4% em seis meses consecutivos de altas: fevereiro (0,8%), março (0,4%), abril (0,4%), maio (0,2%), junho (0,4%) e julho (0,3%).

A alta no volume de serviços em julho ante junho foi acompanhada por três das cinco atividades investigadas: informação e comunicação (1,0%), serviços profissionais, administrativos e complementares (0,4%) e serviços prestados às famílias (0,3%).

Na direção oposta, houve queda nos transportes (-0,6%) e nos outros serviços (-0,2%). Porém, considerando os subsetores, as principais influências positivas em julho ante junho partiram de transporte rodoviário de cargas, serviços de tecnologia da informação, concessionárias de rodovias e locação de automóveis.

Estadão Conteúdo

 

 

 

 

 

 

 

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