Carla Mayrink é um dos nomes investigados pelo MPC por manter relações com a ex-secretária adjunta e a representante da dona do local
Michael Melo/Metrópoles
O governador Ibaneis Rocha (MDB)exonerou, nesta quarta-feira (7/7), Carla Mayrink Santos, que ocupava o cargo de assessora comissionada do gabinete da Secretaria de Saúde. Ela é um dos alvos citados na representação do Ministério Público de Contas no Tribunal de Contas (TCDF) sobre suspeitas no aluguel do prédio da nova sede da pasta local. O desligamento foi publicado no Diário Oficial (DODF).
O contrato feito por dispensa de licitação prevê gasto de R$ 32 milhões em três anos, somando o aluguel de R$ 750 mil, o condomínio mensal de R$ 169,3 mil e outros R$ 48.847,37 anuais referentes ao Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU).
No documento, o órgão de controle indica relações entre a ex-secretária adjunta da pasta, Beatris Gautério, com Jaqueline Helena Vekic, responsável pelo setor de grandes locações do Grupo Paulo Octávio. Nas redes sociais, a gestora publicou foto ao lado da executiva de imóveis como primeira cliente de sua esmalteria.
Desligada em maio da pasta, Galtério teve sociedade no empreendimento ao lado de Carla Mayrink, recentemente exonerada. Pela estrutura, Carla era subordinada à então secretária adjunta e sócia. Conforme a legislação em vigor, servidores públicos não podem acumular postos administrativos dentro de empresas privadas.
Segundo a representante do MPC-DF, o caso indica uma “possível violação de infringência ao princípio da impessoalidade e da moralidade, em relação às nomeações das servidoras referidas e de suas possíveis relações com a representante da locadora”.
Na oportunidade da representação, o Grupo Paulo Octávio informou que “atendeu ao Chamamento Público para Locação de Imóvel, da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal, de número 01/2020, apresentando proposta que atende a todos os requisitos e com total lisura, oferecendo, adicionalmente, todo o mobiliário necessário para receber os 1.324 servidores que serão alocados no prédio e toda a logística necessária para a transferência do órgão para o edifício PO700”. (Metrópoles)