Artur Felipe Siqueira de Brito era secretário-adjunto de Gestão em Saúde e, agora, assume comando interinamente. Governador disse que ficaria na função para ‘recuperar credibilidade’, mas voltou atrás.
O governador Ibaneis Rocha (MDB) desistiu de assumir a gestão da Secretaria de Saúde. O recuo ocorre em menos de 24 horas após dizer que ficaria no cargo para “recuperar a credibilidade” da pasta. Na manhã desta sexta-feira (27), o chefe do Executivo nomeou Artur Felipe Siqueira de Britocomo secretário interino.
Artur era secretário-adjunto de Gestão em Saúde. A nomeação foi publicada em edição extra do Diário Oficial (DODF) desta sexta-feira. Ele assume a secretaria no lugar de Osnei Okumoto, que vai para a presidência da Fundação Hemocentro de Brasília
Ainda na manhã desta sexta-feira, Ibaneis chegou a confirmar ao G1 que ficaria no cargo até “encontrar um secretário que conseguisse imprimir agilidade nas soluções que se fazem necessárias”. Entretanto, horas depois, a nomeação de Artur foi divulgada.
À reportagem da TV Globo, o governador também informou que, enquanto estivesse à frente da pasta, o foco seria nos insumos, cirurgias emergenciais, pagamento de fornecedores e cobrança de mais eficiências por parte dos gestores.
Saída de Okumoto
Ainda como adjunto, Artur Felipe Siqueira conduziu a entrevista coletiva sobre medidas contra a Covid-19, nesta quinta-feira. Okumoto, que participava dos encontros e respondia eventuais perguntas feitas pela imprensa, não compareceu ao encontro com a imprensa. A saída dele da pasta foi anunciada no mesmo dia.
Segundo o Palácio do Buriti, Osnei Okumoto “pediu exoneração do cargo e vai voltar à presidência do Hemocentro”. Mas, questionado pela TV Globo sobre a substituição, o governador Ibaneis disse que “precisava de um gerente”. A reportagem também apurou que havia uma insatisfação recente com o trabalho do secretário.
Esta é a segunda vez que o secretário é exonerado da pasta. Ele assumiu o cargo em janeiro de 2019, no início da gestão Ibaneis. Em março do ano passado, após o começo da pandemia, Osnei pediu demissão da Secretaria de Saúde (SES-DF) e assumiu a presidência do Hemocentro.
À época, Francisco Araújo foi nomeado secretário de Saúde. No entanto, ele foi exonerado em setembro do ano passado, após ser preso em meio às investigações da operação Falso Negativo, que apurou fraudes na compra de testes rápidos de Covid-19. O Ministério Público afirmou que Francisco “capitaneava uma organização criminosa”. Ele nega as acusações.
Com a saída de Araújo, Osnei voltou a comandar a SES-DF. Neste mês, ele completou 11 meses à frente da pasta. (G1DF)