O governador Ibaneis Rocha (MDB)disse, na tarde desta quinta-feira (07/05), que ainda não decidiu a data para a reabertura das escolas no Distrito Federal. Mas ele descartou volta às aulas em maio. “O ano letivo está quase perdido, está comprometido”, disse o emedebista, logo após reunião com a juíza Kátia Balbino de Carvalho Ferreira, da 3ª Vara Federal Cível, representantes do setor produtivo e do Ministério Público, no Palácio do Buriti.
Em 1º de abril, diante da expansão do número de casos do novo coronavírus no Distrito Federal, o governador ampliou o período de suspensão das aulas. Por meio do decreto publicado nesta data, as escolas, universidades e faculdades das redes de ensino pública e privada devem continuar fechadas até o dia 31 de maio.
O problema é que, segundo o GDF, o pico da curva da doença no DF será em julho. Em 24 de abril, Ibaneis garantiu à coluna Grande Angular que nenhuma medida seria tomada sem que o governo tenha segurança sobre as consequências da iniciativa.
Ibaneis não definiu a data para volta às aulas. “Eu fiz uma consulta aos pais. E a maioria tem colocado como opção (o mês de) agosto, o que me agrada muito”, considerou o governador. “Mas não é o momento ainda de a gente tratar disso. Tem que esperar o correr da curva durante o mês de maio para fixar uma data efetiva”, antecipou.
“Maio está descartado”, reforçou. Sobre o risco de perda do ano letivo, Ibaneis já pediu à Secretaria de Educação para manter contato com o Ministério da Educação sobre as exigências da carga horária.
O governador acredita que a Universidade de Brasília (UnB) vai seguir os mesmos passos do GDF para a retomada das aulas. Ele disse que mantém diálogo constante com a reitora Márcia Abrahão.
O presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Privados de Ensino (Sinepe), Álvaro Domingues, fez ponderações sobre o mês proposto pelo Palácio do Buriti. “A instituição de ensino particular do Distrito Federal é a favor do retorno às aulas de forma lenta, gradual e segura, seguindo as normas de saúde e sanitárias que forem determinadas. As escolas não suportam além do mês de maio, isso é fato. Essa informação de retorno apenas no mês de agosto é descabida e não partiu das escolas particulares do DF. Somos completamente contra essa possibilidade”, pontuou.
Com informações do Metrópoles*