Após cinco anos sem realizar cirurgias cardíacas de peito aberto, o Hospital de Base do Distrito Federal fez o procedimento em uma jovem de 18 anos. Luisa Andrade da Silva passou pela intervenção, que durou 3 horas, em 21 de outubro e retornou para casa, em Brazlândia, na segunda-feira (28/10).
De acordo com o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF), a paciente nasceu com cardiopatia congênita benigna. Caso ela não passasse pelo procedimento, poderia ter disfunção cardíaca por volta dos 40 anos de idade, o que causaria graves problemas à saúde. A doença provoca mistura do sangue oxigenado com o não oxigenado (comunicação inter-atrial).
O Iges-DF ainda informou que o Hospital de Base sempre foi referência nesse tipo de procedimento no Centro-Oeste, entretanto, com a falta de equipamento na unidade de saúde, houve a paralisação das cirurgias. A entidade ressaltou que, hoje, há todo material necessário para as operações, como próteses, monitores e a bomba de circulação extracorpórea – máquina que bombeia o sangue enquanto o coração passa pela inervenção.
O chefe do Executivo, Ibaneis Rocha (MDB), comemorou a cirurgia em uma publicação na própria página do Instagram. “Muito feliz em saber que a Luisa, primeira paciente a realizar uma cirurgia cardíaca de peito aberto no Hospital de Base depois de cinco anos, já está em casa com toda família”, afirmou. O emedebista ainda frisou que “reativar procedimentos de saúde que foram abandonados me traz uma sensação de dever cumprido como gestor e uma satisfação pessoal”. Além disso, ele desejou uma “pronta recuperação” à jovem.
Ao todo, cinco médicos, sendo três cirurgiões cardíacos, dois anestesistas e um perfusionista (médico que opera a máquina de circulação extracorpórea), participaram do procedimento. Instrumentadores, enfermeira especializada em cirurgia cardíaca e técnicos de enfermagem também atenderam Luisa. Segundo o Iges-DF, ao menos 40 profissionais participaram de todas as etapas da operação.