terça-feira, 18/11/25
HomeEconomiaHaddad avalia como robusto processo do BC sobre o Banco Master

Haddad avalia como robusto processo do BC sobre o Banco Master

Investigações também levaram à prisão de Daniel Vorcaro, dono do banco

LULA MARQUES/ AGÊNCIA BRAASIL

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou, nesta terça-feira (18), que as investigações sobre o Banco Master devem estar muito robustas para terem levado à prisão do seu proprietário, Daniel Vorcaro.

Durante entrevista à imprensa, Haddad evitou comentar sobre a operação da Polícia Federal (PF), mas disse que a pasta está à disposição do Banco Central (BC), que vai lidar com os desdobramentos do caso.

“O Banco Central é órgão regulador do sistema financeiro e eu tenho certeza que, para ter chegado a esse ponto, todo esse processo deve estar muito robusto”, disse, ao chegar à sede do Ministério da Fazenda nesta manhã.

Prisão

 

Brasília (DF) 18/11/2025 – Daniel Vorcaro -  Banco Master.
Foto: Banco Master
Brasília (DF) 18/11/2025 – Daniel Vorcaro foi preso quando tentava deixar o país. Foto: Banco Master – Banco Master

​Vorcaro foi preso pela PF no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, enquanto tentava deixar o país. A prisão ocorre no âmbito da Operação Compliance Zero, deflagrada hoje, com o objetivo de combater a emissão de títulos de crédito falsos por instituições financeiras que integram o Sistema Financeiro Nacional.

Liquidação

O BC também comunicou, hoje, a liquidação extrajudicial da Master Corretora de Câmbio, Títulos e Valores Imobiliários. A autarquia ainda decretou como indisponíveis os bens de controladores e ex-administradores do grupo.

“Eu penso que o Banco Central vai dando as informações na medida das suas possibilidades, à medida do andamento do processo de liquidação. O que cabe à Fazenda é dar suporte para as consequências desse ato; se houver, nós estamos aqui prontos para colaborar”, afirmou o ministro Haddad.

Com a liquidação da Master Corretora, umas das consequências, por exemplo, é o uso do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) para ressarcir os investidores. “É uma coisa que diz respeito ao sistema financeiro como todo, mas aí nós vamos ver os desdobramentos e o impacto disso”, acrescentou Haddad.

Entidade privada gerida pelos bancos associados, mas regulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), o FGC garante os saldos em conta e os investimentos de pessoas físicas e jurídicas de até R$ 250 mil para cada instituição financeira, com limite global de até R$ 1 milhão em quatro anos. O dinheiro é pago aos investidores em caso de quebra ou liquidação da instituição financeira.

Em agosto, em reunião extraordinária, o CMN apertou as instituições financeiras para poderem se associar ao fundo. Previstas para entrarem em vigor em 1º de junho de 2026, as novas regras foram definidas após o Banco Master passar a ser investigado pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, em meio ao anúncio de compra do Master pelo Banco de Brasília (BRB), instituição financeira ligada ao governo do Distrito Federal.

 

Por Agência Brasil

VEJA TAMBÉM

Comentar

Please enter your comment!
Please enter your name here

- Publicidade -spot_img

RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Este campo é necessário

VEJA TAMBÉM