O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse nesta terça-feira que a Ucrânia não tinha outra opção a não ser negociar com a Rússia para acabar com os combates, mas que ele e o presidente russo, Vladimir Putin, podem não manter conversas pessoalmente.
“Todos nós, inclusive eu, perceberemos até mesmo a possibilidade de negociações como um desafio”, disse Zelensky em entrevista para a televisão nacional.
Ele disse que os eventos em Bucha são imperdoáveis, mas que a Ucrânia e a Rússia devem tomar a difícil opção de prosseguir as negociações, e sinalizou que Moscou deve reconhecer o que suas tropas supostamente fizeram.
Atualizações sobre a guerra na Ucrânia
A agência de notícias russa Interfax citou o vice-ministro das Relações Exteriores russo dizendo que as negociações continuam por meio de um link de vídeo.
Quando questionado se ele iria se encontrar com Putin, ele comentou ser improvável.há 1 hora
Após Alemanha, Itália expulsa 30 diplomatas russos; Moscou promete retaliação
A Itália expulsou nesta terça-feira (5) 30 diplomatas da Rússia sob a alegação de risco para a segurança do país, segundo informou o ministro de Relações Exteriores italiano, Luigi Di Maio.
Moscou já se posicionou e prometeu retaliação.
A decisão da Itália segue uma série de medidas similares aplicadas esta semana na Europa. Na segunda-feira (4), a Alemanha expulsou 40 diplomatas das Embaixada da Rússia no país, alegando “ameaça para quem busca proteção entre nós”, segundo disse a ministra das Relações Exteriores alemã, Annalena Baerbock.
“A medida é um acordo com outros parceiros europeus e atlânticos, e é necessária por razões ligadas à nossa segurança nacional e no contexto da crise atual causada pela agressão injustificada contra a Ucrânia por parte da Federação Russa”, declarou o chanceler italiano.
Presidente da Comissão Europeia e chanceler da UE irão a Kiev
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o chefe da diplomacia da União Europeia, irão a Kiev esta semana para uma reunião com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.
O encontro, anunciado nesta terça-feira (5), faz parte dos esforços do bloco europeu para apoiar Zelensky e pressionar a Rússia a recuar mais suas tropas e fazer avançar as negociações por um acordo de paz.
Zelensky diz que discursa no Conselho de Segurança da ONU na terça-feira
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse que discursará no Conselho de Segurança da ONU na terça-feira, depois de dizer que é do interesse de Kiev ter a investigação mais aberta sobre o assassinato de civis na Ucrânia.
Falando nesta segunda-feira, ele afirmou que em Bucha –onde valas comuns e corpos foram encontrados depois que a Ucrânia recuperou a cidade das forças russas– pelo menos 300 civis foram mortos, e acredita que em Borodyanka e outras cidades o número de vítimas possa ser ainda maior.
“Gostaria de enfatizar que estamos interessados na investigação mais completa e transparente, cujos resultados serão conhecidos e explicados a toda a comunidade internacional”, disse Zelensky em seu discurso noturno em vídeo.
Rússia dá ultimato para que ucranianos entreguem Mariupol, diz agência
O Ministério da Defesa da Rússia deu um ultimato para que as forças ucranianas que atuam na defesa da cidade portuária de Mariupol, no sul do país, entreguem a região.
Em reportagem da agência russa Interfax, citando o governo russo, a Defesa teria dito que soltados que se entregarem até terça-feira seriam autorizados a deixar o território.
A Rússia sitiou Mariupol há semanas e é uma das cidades que enfrenta uma das piores crises humanitárias na guerra, e os ucranianos não parecem ter interesse em se render.
A Cruz Vermelha foi impedida de acessar a cidade em mais de uma tentativa durante o fim de semana. A Rússia culpou a organização, com sede na Suíça, por atrasos.
Segundo as autoridades locais, 90% da cidade está destruída – quase a metade da infraestrutura básica é “irrecuperável”.
Zelensky vai falar com o Conselho de Segurança da ONU
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, vai falar com os membros do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) na terça-feira, de acordo com a agência de notícias Reuters.