Deputados que votaram a favor da proposta, aprovada com folga na Câmara, foram hostilizados por bolsonaristas contrários.
Deputado Altineu Côrtes (PL-RJ), líder do PL na Câmara, em entrevista à GloboNews em maio. — Foto: GloboNews/Reprodução
Um grupo de WhatsApp do PL foi suspenso pelo líder do partido na Câmara, Altinêu Cortes (PL-RJ), após um quebra-pau iniciado por ofensas de deputados bolsonaristas do PL a correligionários que votaram a favor da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma tributária.
Segundo o blog apurou, Gustavo Gayer (GO), Julia Zanatta (SC), Carlos Jordy (RJ) e André Fernandes (CE) – que votaram contra a reforma tributária – estão entre os que postaram as ofensas. Vinicius Gurgel (AP), Luciano Vieira (RJ) – favoráveis à proposta – e Yuri do Paredão (CE) – licenciado – entre os ofendidos.
Côrtes ainda tentou pacificar o grupo e afirmou que o partido precisa respeitar a posição de cada um. Mas, segundo um integrante do grupo, a discussão saiu da esfera política e passou à baixaria. O líder da legenda, então, disse que procuraria o presidente do partido, Valdemar Costa Neto, para tentar estabelecer alguns limites.
O blog procurou Côrtes, mas ele não respondeu até a publicação deste post.
Maior partido da Câmara dos Deputados, o PL votou majoritariamente contra a reforma tributária, pelos placares de 20 a 75 no primeiro turno e 18 a 74 no segundo.
A aprovação da PEC com mais votos do que o necessário, então, representou uma derrota para a legenda e um sinal da fragilidade da liderança do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que se empenhou pessoalmente contra a proposta.
VEJA COMO CADA DEPUTADO VOTOU NA REFORMA TRIBUTÁRIA
Fonte: Blog Andrea Sadi/g1*