As regiões afetadas são Águas Claras, Ceilândia, Taguatinga, Samambaia, Guará, Vicente Pires. Metrô chega ao quarto dia de greve
Os 441 ônibus da Viação Marechal, no Distrito Federal, seguem parados na manhã desta quinta-feira (22/4). Os veículos estão sem circular desde quarta (21). As regiões afetadas são: Águas Claras, Ceilândia, Taguatinga, Samambaia, Guará e Vicente Pires.
Em nota, a empresa informou que, “após o Governo do Distrito Federal não ter feito o repasse referente à primeira quinzena de abril, a Auto Viação Marechal não quitou o adiantamento salarial que deveria ter sido pago no dia 20. A empresa tentou negociar, mas foi surpreendida, na manhã desta quarta-feira, com uma paralisação promovida pelo do Sindicato dos Rodoviários”.
Veja imagens dos pontos da Marechal na Rodoviária do Plano Piloto:
Para piorar a situação, a greve do metrô chegou ao quarto dia.
A viação acrescentou que, “nos últimos meses, o GDF realizou os repasses corretamente, o que garantiu o pagamento dos salários dos trabalhadores. Sem o recurso, a empresa não tem condições de arcar com os compromissos”.
Segundo a Marechal, a receita da empresa diminuiu em 40%, devido ao surto pandêmico. “A crise causada pela pandemia reduziu o número de passageiros, mas a empresa continuou operando com 100% da frota, não reduziu salários ou suspendeu contratos”, destacou.
Responsabilidade
A Secretaria de Transporte e Mobilidade do Distrito Federal (Semob) esclareceu que “o pagamento de salários e benefícios aos rodoviários é de responsabilidade da própria empresa, que dispõe de outros recursos para o cumprimento dessas obrigações. A Semob informa, ainda, que serão aplicadas as devidas penalidades pelo não cumprimento das tabelas horárias programadas”.
O órgão acrescentou que o GDF “está acompanhando a situação e determinou às demais operadoras para que reforcem as viagens das linhas que passam pela área operacional da Marechal, visando oferecer opção de transporte naquela região”.
24 horas
O Sindicato dos Rodoviários também emitiu informativo preparando toda a categoria para possível paralisação geral, por 24h, na próxima semana. Segundo o texto, o ato visa pressionar o governo para vacinar os motoristas e cobradores com as forças de segurança.
A diretoria do sindicato fez reunião na quarta (21/4) e debateu o fato de o Governo do Distrito Federal vacinar primeiramente os policiais, depois, os professores, para, só então, imunizar os rodoviários.
“A direção vem fazendo todo o esforço para conseguir seu objetivo por meio do diálogo, mas, infelizmente, o governo não parece estar disposto a atender a categoria. Vamos continuar investindo em uma saída negociada. Caso contrário, a paralisação será medida de força necessária”, diz o comunicado.