Segundo governo da Argentina, servidores que não forem aprovados na avaliação serão exonerados de seus cargos
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O governo da Argentina submeterá 40 mil funcionários públicos a um “teste de idoneidade” no país, que serão exonerados caso não sejam aprovados na avaliação. A mais nova polêmica decisão da administração de Javier Milei foi anunciada pelo porta-voz do governo argentino, Manuel Adorni, nesta quinta-feira (10/10).
“Em linha com a racionalização do Estado, que é feita desde o início da gestão, o governo nacional decidiu realizar um teste de idoneidade padronizado para 40 mil servidores”, declarou Adorni durante coletiva de imprensa na Casa Rosada.
De acordo com o governo argentino, o teste será aplicado para funcionários que possuem contratos de “transição”, que são renovados a cada fim de ano. A avaliação será realizada de forma on-line. Neste primeiro momento, servidores com deficiência não participarão do teste pois os sistemas “exigem uma adaptação adicional”, segundo Adorni.
A medida faz parte das políticas neoliberais de Javier Milei, que tem enxugado o Estado desde que assumiu a presidência da Argentina em dezembro de 2023, incluindo a demissão de milhares de servidores públicos.
Em junho deste ano, o outsider da política argentina que chegou à Casa Rosada reiterou seu posicionamento sobre o Estado, e disse ser ele mesmo quem o destrói por dentro.
“Adoro ser o topo dentro do Estado”, disse o presidente da Argentina. “Sou eu quem destrói o Estado por dentro”, concluiu.