Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, um dos líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC), está preso desde março de 2019 na Penitenciária Federal em Brasília(foto: Sergio LIMA/AFP)
A Advocacia-Geral da União (AGU) defendeu a manutenção de chefes de facções criminosas presos no Presídio Federal em Brasília, em documento enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira (17/2). Na quarta-feira passada, o Governo do Distrito Federal havia entrado com uma ação contra a permanência de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, um dos líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC), preso desde março de 2019, em Brasília.
Conforme apurado, a AGU respondeu a pedido do ministro Luís Roberto Barroso, informando que a presença dos líderes da cúpula não afeta a autonomia do DF e que a instalação da Penitenciária Federal não gerou qualquer impacto na segurança pública, seja porque o Fundo Constitucional banca a manutenção das polícias no Distrito Federal e o Corpo de Bombeiros, seja porque vários recursos foram transferidos pela União para o DF nos últimos anos.
Na quinta-feira passada, Barroso deu um prazo de 72 horas para que o governo federal desse explicações sobre a presença de líderes de facções criminosas presos em Brasília.
A AGU afirmou ainda que, de todas as penitenciárias federais, Brasília tem “a maior e melhor estrutura de apoio” e que experiências internacionais revelam que os presídios podem ser instalados em capitais de Estados soberanos, como ocorre em Paris, Berlim e Londres.