China comunicou ao governo brasileiro que acabou com o embargo, que durou três meses, após avaliar dois casos atípicos de vaca louca
Em nota conjunta divulgada na manhã desta quarta-feira (15/12), os ministérios das Relações Exteriores e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento disseram que o governo federal recebeu “com satisfação” a notícia de que a China acabou com o embargo à carne brasileira.
A Administração-Geral de Aduanas da China (GACC) finalizou a avaliação dos dois casos atípicos de vaca louca ocorridos no Brasil em setembro deste ano e autorizou, a partir desta quarta, a retomada das exportações brasileiras de carne bovina àquele mercado.
“A decisão das autoridades chinesas confirma a excelência dos controles sanitários oficiais brasileiros”, diz a nota das pastas.
Os embarques da carne ao país asiático foram interrompidos em setembro, após a notificação dos dois casos em Minas Gerais e Mato Grosso.
A Organização Mundial da Saúde Animal informou que as ocorrências não representam risco para a cadeia de produção bovina brasileira. Mesmo assim, a China manteve o veto por mais de três meses.
Em outubro, o Brasil exportou só 82,18 mil toneladas de carne bovina, o menor volume desde junho de 2018, quando houve a greve de caminheiros. A suspensão da China foi a principal razão para isso.
A China é o principal destino das carnes exportadas pelo Brasil. Em 2020, o Brasil exportou US$ 4,04 bilhões de carne bovina para aquele país, 48% do total de nossas vendas globais. Mesmo com a suspensão desde setembro, as exportações brasileiras de carne bovina para China já totalizaram, em 2021, US$ 3,87 bilhões, 46% das vendas globais do produto.