Exoneração publicada no Diário Oficial da União não diz se Luciana Siqueira Lira de Miranda deixou cargo a pedido.
![Luciana Siqueira Lira de Miranda, secretária nacional de Atenção à Primeira Infância, foi exonerada nesta terça-feira (21) — Foto: Divulgação](https://s2.glbimg.com/bAhiWGVaE_aGwZilguWPjtGJ_sU=/0x0:765x505/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2022/0/5/FU6YBhQnCZKNzbki3wPg/capturar.jpg)
O governo Bolsonaro exonerou, nesta terça-feira (22), a secretária de atenção à primeira infância, Luciana Siqueira Lira de Miranda.
A exoneração foi publicada na edição desta terça do “Diário Oficial da União” sem a expressão “a pedido” –que é incluída quando a demissão ocorre a pedido do servidor.
A exoneração é assinada pelo ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP).
Luciana Siqueira estava no cargo desde 2020.
Servidores acusam secretaria de assédio após vitória de Lula (PT)
Em 4 de novembro, servidores do Ministério da Cidadania denunciaram Luciana Lira por assédio moral.
Segundo a denúncia, Luciana Siqueira fez declarações em tom de ameaça a servidores que não votaram em Jair Bolsonaro (PL).
Na segunda-feira (31), dia seguinte a vitória de Lula (PT) no segundo turno, Luciana Siqueira convocou toda a equipe para uma reunião. Cerca de 30 servidores participaram presencialmente e dez acompanharam o encontro de forma online.
O documento obtido pelo Estúdio i cita que a secretária disse “saber exatamente quem não votou no presidente, que essas pessoas pagarão pela Justiça divina, que Deus punirá a cada um que não souber ser fiel”.
Além disso, conforme o documento, “a secretária reclamou da falta de lealdade de alguns da equipe, equiparou à traição de Judas e disse que quem vota em quem rouba não está com Deus. E disse a todos que vai infernizar todos os dias da próxima gestão e que o inferno não vai vencer o céu”.
Antes da reunião, no dia do segundo turno, Luciana já havia criticado quem votava em Lula em uma mensagem enviada no grupo institucional da secretaria. O texto foi enviado após a confirmação da derrota de Jair Bolsonaro na disputa pela Presidência da República.
O g1 questionou por email o Ministério da Cidadania e a Casa Civil sobre qual o motivo pelo qual a secretaria deixou o cargo e se há relação entre a denúncia e a exoneração de Luciana Siqueira. Os órgãos federais não responderam ao pedido até a publicação deste texto. (Com g1)