Vacina sendo fabricada em laboratório ThisisEngineering RAEng/Unsplash
O Ministério da Saúde enviou resposta à embaixada britânica e ao presidente do laboratório AstraZeneca aceitando a proposta de acordo de cooperação no desenvolvimento tecnológico e acesso do Brasil à vacina contra o novo coronavírus. A negociação prevê a compra de lotes da vacina e a transferência de tecnologia.
Se demonstrada eficácia, serão 100 milhões de doses à disposição da população brasileira. Pelo negócio, seriam enviados dois lotes de 15 milhões de doses casa, em dezembro de 2020 e janeiro de 2021. Depois, começaria a produção nacional de outras 70 milhões de unidades.
A produção brasileira será na Bio-Manguinhos, Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos, uma unidade da Fundação Oswaldo Cruz, vinculada ao Ministério da Saúde.
Veja o documento:
SEI_MS – 0015478345 – Ofício by Leonardo Meireles on Scribd
A vacina é desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela AstraZeneca, sendo uma das mais promissoras e em estado mais avançado no que diz respeito às pesquisas no mundo. No Brasil, a tecnologia será desenvolvida
pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), fundação do Ministério da Saúde. O acordo, quando celebrado, prevê a transferência de tecnologia de formulação, o envase e o controle de qualidade.
Duas etapas
O acordo se baseia em duas etapas, com início em uma encomenda na qual o Brasil assume, também, os riscos da pesquisa, pagando pela tecnologia mesmo não tendo os resultados dos ensaios clínicos finais. Em uma segunda fase, caso a vacina se mostre eficaz e segura, será ampliada a compra.
No estágio inicial, de risco assumido, serão 30,4 milhões de doses da vacina, no valor total de U$ 127 milhões, incluídos os custos de transferência da tecnologia e do processo produtivo da Fiocruz, estimados em U$ 30 milhões.
O governo considera que assumir o risco é necessário diante da urgência pela busca de uma solução efetiva para manutenção da saúde pública e retomada do crescimento diante da crise provocada pela pandemia do novo coronavírus.
Élcio Franco, secretário executivo do Ministério da Saúde. Reprodução
Se a vacina for segura e eficaz e tiver o registro no Brasil, serão mais 70 milhões de doses, no valor estimado em US$ 2,30 por dose. Com o acordo que será firmado, o Brasil se coloca na liderança do desenvolvimento da vacina contra o novo vírus.
Fonte: Metrópoles