Negociação vai garantir ao Ministério da Saúde a aquisição de imunobiológicos produzidos pelos laboratórios Pfizer e Janssen
Rafaela Felicciano/Metrópoles
O Ministério da Saúde finalizou o acordo com os laboratórios Pfizer e Janssen, que produzem vacinas contra a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. Os contratos assinados nesta sexta-feira (19/3) preveem a entrega de 138 milhões de doses.
De acordo com a negociação, a maior parcela das doses é da Pfizer. Essa é a única vacina que obteve registro definitivo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Segundo o calendário de compra, a Pfizer deve entregar 13,5 milhões de doses no segundo trimestre e 86,4 milhões no terceiro. Já a Janssen enviará ao país 38 milhões de doses no quarto trimestre.
Apesar da compra, a vacina da Janssen ainda não tem registro definitivo nem autorização para uso emergencial concedido pela Anvisa, ou seja, não pode ser usada no país.
O imunobiológico da Janssen é a única que requer somente uma dose por pessoa. Essa, segundo os especialistas, é uma das formas de acelerar a imunização.
Na última segunda-feira (15/3), o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, adiantou que as negociações estavam em estágio avançado. O militar deixará o cargo e será substituído pelo cardiologista Marcelo Queiroga.
Vacinação no Brasil
O Brasil tem mais de 11,7 milhões de casos confirmados e 287 mil pessoas morreram vítimas do novo coronavírus. O Ministério da Saúde vacinou 13,1 milhões até o momento.
A campanha de imunização contra a Covid-19 foi iniciada no Brasil em janeiro. A vacina produzida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan, ligado ao governo de São Paulo, é responsável por 74,7% da vacinação no país. Ao todo, foram mais de 9,8 milhões de doses aplicadas.
Já a vacina desenvolvida pelo laboratório AstraZeneca e pela Universidade de Oxford, que no Brasil é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), foi aplicada em 25,3% dos vacinados. Neste caso, o governo importou também doses da índia.